Seminário discute qualidade nos serviços de saúde de urgência

Evento debateu melhorias que evitem a superlotação e ofereçam tratamento digno a pacientes do Sistema Único de Saúde
Publicação
25/11/2010 - 18:14
Editoria
A Secretaria da Saúde promoveu nesta quinta-feira (25), no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM), o seminário “Porta de Urgências Hospitalares: Dificuldades e Desafios”. O evento debateu melhorias nos serviços de urgência e emergência que evitem a superlotação e ofereçam tratamento digno a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Também foi lançada campanha pelos direitos humanos nos serviços de urgência.
Segundo levantamento da Rede Brasileira de Cooperação em Emergências, a superlotação pode ser evitada com a organização do fluxo de atendimento, visto que 50% dos pacientes que procuram as emergências dos hospitais poderiam ser atendidos em outras unidades de assistência, como postos de saúde ou ambulatórios.
O superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde do Paraná, Irvando Carulla, explicou que já existe uma proposta de acordo entre Estado e municípios para a expansão do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) a todos os municípios do Paraná. Hoje, ele está em apenas 15 cidades.
Também estão em construção 33 unidades de pronto-atendimento 24 horas. O governo federal prevê a construção de 92 dessas unidades e 74 salas de estabilização no Paraná. “Estas medidas fortalecerão o atendimento pré-hospitalar, reduzindo a procura pelos prontos-socorros dos grandes hospitais”, disse Carulla.
“Mudar a estrutura de atendimento para garantir o melhor tratamento ao paciente será um grande desafio que com certeza valerá a pena”, disse a coordenadora estadual de Urgências, Beatriz Monteiro de Oliveira.
Também participaram do evento os presidentes do Conselho Regional de Medicina (CRM), Carlos Roberto Goytacaz Rocha, e da Associação Médica do Paraná, José Fernando Macedo, coordenadores de urgência de hospitais atendem pelo SUS, diretores regionais de Saúde, coordenadores do Samu e do Siate, representantes da Federação das Santas Casas, da Federação dos Hospitais do Paraná, do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Paraná e da Associação Brasileira de Enfermagem.
“A saúde é um direito constitucional. Esta campanha quer fazer valer os direitos humanos dos pacientes que procuram os serviços de urgência, buscando a capacitação de profissionais para que o paciente receba o melhor tratamento com o menor tempo de espera”, explicou o coordenador da Rede Brasileira de Cooperação em Emergências, Armando de Negri.