Uma iniciativa da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude (Secj) e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR), reuniu cerca de 200 profissionais da área da infância e da juventude em prol de uma mesma causa: o enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. O Seminário Regional de Enfrentamento à Violência contra Criança e o Adolescente aconteceu nesta quinta (22) e sexta-feira (23), em Curitiba.
Um dos principais temas citados pelos juízes, promotores, conselheiros tutelares, delegados e técnicos municipais e estaduais da região de Curitiba, litoral do Paraná e Vale do Ribeira presentes ao evento, foi a integração de uma rede de enfrentamento à violência. A delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), Eunice Vieira Bonone, falou do seminário como um espaço de encontro e debate entre os atores que serão parceiros na região. “É essencial saber o que cada instituição pode fazer para ajudar a enfrentar a violência”, defendeu.
O promotor da 12ª Vara de Crimes contra a Criança, Wilson Galheira, disse concordar com Eunice e destacou a importância de denunciar os casos de violência. “É um momento para conscientizar e unir os parceiros em prol de uma mesma causa. O importante é que haja a denúncia e que cada um cumpra o seu papel para dar à sociedade uma resposta ágil e eficiente”.
Segundo Eliana Salsedo, que é conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca/PR), a maior dificuldade ainda é cultural. A coordenadora de Ações Protetivas da Secj, Aline Pedrosa Fioravante, também citou o valor da participação social. “Ao tratar do enfrentamento à violência, estamos trabalhando num projeto de sociedade. Devemos levar essas discussões para o dia-a-dia, nos apropriar deste conhecimento, criar redes, chamar os parceiros”.
O seminário também promoveu o debate a cerca de temas como a violência doméstica envolvendo crianças e adolescentes, criação das redes municipais de enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes e o fluxo de atendimento e encaminhamento das denúncias de casos de violências infanto-juvenis.