Seminário “O Cinema que pensa” promove encontro de filosofia e a sétima arte no Festival


De acordo com o cineasta Eryk Rocha, o Festival abre nova perspectiva não só para a América Latina, mas para a Ibero-América. “Temos muitas coisas em comum com estes países, é muito importante potencializar isso”
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08/10/2008 - 16:15
Editoria
O Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino promove até a sexta-feira (10) um encontro de filosofia e de cinema durante o seminário ‘O cinema que pensa’. Os debates são uma iniciativa da cineasta e artista visual Paula Gaitán, do filósofo Juan David Posada e do cineasta Eryk Rocha. Desde 2004, o projeto abre espaços de discussão e pensamento sobre o cinema e a nossa realidade. “Estudantes, pensadores, professores, críticos e interessados em cinema, política e filosofia, estão convidados. Este festival é uma chance do Brasil se pensar através de outros países e outras cinematografias A melhor forma da gente se pensar como um povo e como uma nação é se deslocar a outras culturas e outras imagéticas. É aí que temos a possibilidade de nos ver de uma forma mais poderosa e mais lúcida”, ressaltou Erik Rocha. Os temas dos debates partem da riqueza de identidades e diferenças dos continentes americanos neste começo de século XXI, como Modernismo no Brasil, o Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, o movimento do Cinema Novo e as novas experiências políticas na América do Sul. De acordo com o cineasta, o festival abre nova perspectiva não só para a América Latina, mas para a Ibero-América. “Temos muitas coisas em comum com estes países, é muito importante potencializar isso. Teremos durante todo o evento um espaço livre e democrático para pensar o cinema”, disse. “O Festival de Cinema do Paraná abre uma perspectiva de diálogo, de interação, de encontro e celebração do cinema. Dentro de um mundo globalizado é necessário que cada vez as nossas perspectivas sejam ampliadas. O festival e este novo pólo de cinema são um projeto belíssimo, que eu espero que continue caminhando e crescendo”, disse. Eryk Rocha também participa do hors concours com o longa metragem ‘Pachamama’. “Através do deslocamento pela América do Sul, o filme permite que o homem se veja e que pense no momento em que vive. Não de uma forma didática nem de uma forma constitucional, mas de uma forma imagética, que é o que o cinema traz, uma reflexão cultural e poética da realidade e da possibilidade de vermos outras realidades possíveis”, explicou Rocha.

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