Secretário nacional de Saneamento conhece política energética da Sanepar

A tecnologia usada no Paraná será apresentada na II Latinosan, prevista em março de 2010 em Foz do Iguaçu, com a participação de mais de 40 países
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26/08/2009 - 17:20
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O secretário nacional de Saneamento, Leodegar Tiscoski, acompanhado pelo presidente da Sanepar e da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), Stênio Jacob, conheceu, nesta quarta-feira (26), o modelo inovador de produção de energia elétrica a partir do tratamento de esgoto, realizado na Estação de Tratamento Ouro Verde em Foz do Iguaçu. O secretário classificou a tecnologia utilizada pela Sanepar referência para ser utilizada no setor de saneamento, tanto do Brasil como na América Latina. “Este modelo será um dos pontos altos que a Sanepar irá apresentar na Latinosan”, disse Tiscoski. Além de visitar a ETE Ouro Verde, o secretário esteve na cidade para tratar da organização da II Latinosan, prevista para março do ano que vem, em Foz do Iguaçu. O evento, coordenado pelo Banco Mundial e Ministério das Cidades, é o maior do setor na América Latina e Caribe e vai reunir mais de 40 países para discutir e propor ações para o saneamento. Segundo o secretário, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o biênio 2009/2010 será o ano do saneamento no Brasil e, durante a II Latinosan, será assinada carta de compromisso dos países participantes para o setor de saneamento, que vai incluir o lançamento do Planasb – Plano Nacional de Saneamento Básico. RENOVÁVEL - A Sanepar é a primeira empresa de saneamento do Brasil a utilizar o biogás para a produção de energia elétrica, com possibilidade de ligação desta energia à rede de distribuição da Copel. Na estação Ouro Verde são produzidos cerca de 1.600 quilowatts/hora por mês, o que corresponde ao consumo de energia elétrica de oito residências durante um mês. Desde que a estação começou a funcionar, em maio deste ano, cerca de 1,5 tonelada de gás metano deixou de ser lançada no meio ambiente. O gás metano é um dos gases que mais contribuem para o aquecimento global. O projeto da Sanepar é estender este modelo para todas as estações de tratamento de esgoto do Paraná. Além de contribuir para a recuperação da camada de ozônio, a energia limpa produzida na estação de tratamento de esgoto também traz benefício em relação à redução de consumo de energia elétrica no processo do tratamento de esgoto. Atualmente o gasto com energia elétrica é a segunda maior despesa da Companhia de Saneamento do Paraná. A utilização da energia elétrica oriunda do processo de tratamento poderá, no futuro, gerar economia de mais de R$ 3 milhões por ano para a empresa. “A partir do momento em que a Sanepar se tornar autossuficiente no consumo de energia elétrica, mais energia fica disponível para a população”, afirma Stênio.

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