Secretário destaca ações da saúde na Assembleia

O secretário lembrou ainda que o atual governo investiu na construção de centros de atendimento a mulher e a criança, com o objetivo de reduzir a mortalidade materno-infantil
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11/08/2010 - 16:00
Editoria

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Demonstrar os resultados alcançados na Programação Anual de Saúde e a situação da saúde no Estado foram os objetivos alcançados pelo secretário da Saúde, Carlos Moreira Junior, na manhã desta quarta-feira (11), na apresentação que fez na Assembleia Legislativa. O relatório é referente ao primeiro semestre de 2010 e aborda a regionalização da saúde, controle de doenças emergentes e reemergentes, fortalecimento da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), além de programas de atenção primária à saúde.
Durante a apresentação, Moreira falou sobre o processo de regionalização e descentralização da saúde. “São mais de R$ 254 milhões em unidades que se tornaram ou se tornarão referência no atendimento a diversas especialidades”, afirmou, sem citar os hospitais municipais que somados aos regionais acumulam mais de R$ 300 milhões em investimentos.
Entre as unidades estão o Hospital do Trabalhador, o Hospital Regional de Ponta Grossa, e também o de Francisco Beltrão, cuja Unidade de Terapia Intensiva (UTI) começou a funcionar no início desta semana. “A implantação desses hospitais tem uma função importantíssima que é de levar atendimento de qualidade aos municípios do interior. Com isso, as pessoas não precisam mais viajar grandes distâncias para receberem esse atendimento, além do fato de estarem perto de suas famílias”, explicou.
Inaugurado recentemente, o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, receberá na próxima quinta-feira (11) 574 funcionários entre pessoal de apoio e médicos. Já a unidade de Guaraqueçaba está sendo equipada e deverá entrar em funcionamento no segundo semestre de 2010. “Nesses dois hospitais, há ainda vagas de médicos que serão preenchidas por meio de convênio entre a Sesa e a Fundação da Universidade Federal do Paraná – Funpar”, disse. De acordo com Moreira, na próxima semana serão chamados os concursados para os Hospitais de Londrina Zona Sul e Zona Norte.
Queda da mortalidade - Na área de atenção primária à saúde, Moreira falou sobre o programa Nascer no Paraná: Direito à Vida, que visa reduzir a mortalidade materna e infantil, através da mobilização social, implantação de Centros de Saúde da Mulher e da Criança que buscam à gestante e ao bebê, antes durante e depois do parto também recebeu destaque. Hoje, são 99 centros concluídos, 47 em construção e 72 em fase inicial de construção.
Outro programa de importância para o combate à mortalidade infantil é o Leite das Crianças, que beneficia 1,2 milhão de crianças entre seis meses e três anos de famílias que recebem renda per capita inferior a meio salário mínimo. O programa contribui diretamente para a redução de crianças com baixo peso que caiu de 8,2% em 2003 para 4% em 2009.
De acordo com os dados apresentados, a mortalidade infantil caiu de 19,4 para cada mil nascidos vivos em 2000 para 12,5 em 2009, o que corresponde a uma diminuição de 35%. Já a mortalidade materna caiu de 66,3 para cada cem mil nascidos vivos em 2000 para 47 em 2009. De acordo com o secretário, os objetivos do milênio definidos pela Organização Mundial da Saúde estão avançados. “Em relação à mortalidade materna, a meta era diminuir em 3/4 e já alcançamos 91% do objetivo. A mortalidade infantil era diminuir em 2/3, sendo que já foi alcançado 75% do objetivo”, disse.
Dengue e Gripe A - No combate a doenças reemergentes e emergentes, entre elas a Dengue, o estado tem feito mobilizações sociais como a “Caravana contra a Dengue”, “Carnaval sem Dengue”, além de mobilizações escolares e várias outras atividades para o combate a doença. Em 2009, foram confirmados 893 casos da doença no Estado. Somente no primeiro semestre de 2010, foram confirmados mais de 20 mil casos. “Esse aumento tem duas explicações. A primeira podemos dizer que, em média, a cada três anos temos um surto epidêmico no estado. Outro fator é o grande número de notificações feitas pelos agentes de saúde, num trabalho incansável dessas pessoas, o que acaba naturalmente aumentando esse número”, explica. O secretário externou sua preocupação com a possível chegada do sorotipo 4 do vírus da dengue. “A nossa população ainda não está imune a este tipo do vírus”, salientou Moreira.
Com relação à Gripe A, o fator foi inverso. Em 2009 o Paraná registrou 73 mil casos confirmados. Nesse primeiro semestre de 2010 foram notificados 1.623 casos da doença. “Essa diminuição é reflexo da grande campanha de vacinação feita pelo Paraná aliado às ações amplamente divulgadas pela Secretaria de Saúde de cuidados com a higiene. Isso fez com que nosso Estado fosse reconhecido pelo Ministério da Saúde como o melhor e mais amplo processo de imunização dentre todas as federações do país”, enfatizou Moreira. No total, são mais de 6 milhões de paranaenses vacinados contra a gripe H1N1.
O secretário também falou de outros temas como implantação das 22 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), de transplantes, hepatites, tuberculose, Aids, Saúde do Idoso, Saúde Mental, Consórcios Intermunicipais de Saúde, entre outros.

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