A secretária de Estado da Criança e da Juventude, Thelma Alves de Oliveira, está participando de vários eventos que acontecem no Paraná dentro da Semana Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas. O objetivo destes eventos é discutir o problema das drogas na sociedade e as ações que estão sendo feitas no setor público no que diz respeito à infância e à juventude. Na noite desta quarta-feira (24), ela faz palestra na Comunidade Católica Emanuel, em Paranavaí, no noroeste do estado.
Na segunda (22), Thelma ministrou a palestra de abertura da Semana Estadual de Prevenção ao Uso de Drogas – Previda –, evento da Secretaria da Justiça e da Cidadania. Thelma também estabeleceu o compromisso de sua equipe no Conselho Antidrogas. O tema da palestra foi “A violência na atualidade: Interfaces com a droga”, na qual a secretária abordou a relação das drogas com a violência e apresentou números que mostram que nem todos os dependentes químicos estabelecem relações com a criminalidade.
Em 2006, foram registrados no Paraná 981 casos de internação de adolescentes com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas. Entre os anos de 2007 e 2008, a Secretaria de Estado da Criança e da Juventude encaminhou 477 adolescentes para tratamento em comunidades terapêuticas.
Entre os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa no Paraná, 72% se declararam usuários de drogas. A maconha (26%), o tabaco (14%) e o crack (13%) são as substâncias mais procuradas.
A secretária destacou, no entanto, que está diminuindo a faixa etária dos usuários de substâncias químicas ilícitas e, de acordo com os dados, isto se verifica em todas as classes sociais. “O uso da droga está presente na vida de muitas crianças e jovens, de todas as classes sociais. A diferença são os espaços e funções que a droga ocupa. O jovem que tem dinheiro para comprar sua droga fica protegido, enquanto os filhos de famílias pobres são empurrados para a teia do tráfico. Primeiro se tornam usuários. Depois, como forma de sobrevivência, precisam vender a droga e acabam expondo suas próprias vidas”, afirmou Thelma.