A secretária da Administração e da Previdência, Maria Marta Lunardon, destacou nesta quinta-feira (28), durante explanação na reunião do secretariado, o esforço que o Governo do Paraná vem fazendo para melhorar a renda dos servidores públicos. “Há dificuldades financeiras para remunerar o servidor da forma como ele merece, mas isso não nos impediu de adotar medidas que significassem melhorias”, observou. Aos poucos, segundo Maria Marta, o poder aquisitivo do funcionalismo vai sendo recuperado, após oito anos defasado.
Entre as ações as quais a secretária se referiu, estão a lei da remuneração mínima (que assegura que nenhum servidor ganhe menos de R$ 400 mensais), os abonos de R$ 50 a R$ 100 por mês para 43,5 mil servidores, gratificações para policiais e pessoal da área de saúde, além do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério.
Com esse plano, por exemplo, os professores – cerca de 45 mil pessoas – foram contemplados com aumentos de, em média, 33%. Já os policiais militares tiveram reajuste nos índices de gratificação aplicados sobre os vencimentos, acréscimos esses que giraram em torno de 20%. Na Polícia Civil, melhorias também. A gratificação de 120% sobre os vencimentos foi incorporada à aposentadoria.
Outro grupo que sentiu melhora nos rendimentos, a partir deste mês, foi o pessoal da saúde. Cerca de 7 mil servidores que trabalham em hospitais, centros psiquiátricos, laboratórios, Instituto Médico Legal (IML), entre outras instituições, estão recebendo a Gratificação de Atividade de Saúde (GAS), que é de R$ 500 ou R$ 700, dependendo da função.
Folha de pagamento - Uma mostra de que o Estado investiu na recuperação da renda do servidor é o acréscimo na folha de pagamento do Poder Executivo. Em janeiro de 2003, primeiro mês da gestão do governador Roberto Requião, o Estado gastava em torno de R$ 277,2 milhões com a remuneração de cerca de 190 mil servidores, entre pessoal da ativa e inativos (exceto trabalhadores de estatais e outras instituições que têm faturamento próprio, como Copel, Sanepar e Porto de Paranaguá). Em setembro deste ano, a folha somou R$ 358,7 milhões. Um aumento, portanto, de 30%.
Segundo Maria Marta, as despesas com pessoal estão perto dos patamares estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina que o Poder Executivo não pode gastar com remuneração do funcionalismo mais do que 49% da receita estadual. “Estamos em quase 48%. O Tribunal de Contas (do Estado) freqüentemente nos alerta dessa proximidade do limite”.
Secretária destaca esforço para melhorar renda do servidor
Segundo Maria Marta Lunardon, poder aquisitivo, que estava defasado há oito anos, vai sendo recuperado
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28/10/2004 - 00:00
28/10/2004 - 00:00
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