A Secretaria de Estado de Obras Públicas está licitando aproximadamente R$ 150 milhões em obras para o segundo semestre de 2008. Só para o setor da educação são R$ 100 milhões em reparos, reformas, ampliações e construções de novas escolas. Na área da saúde estão previstos investimentos no valor de R$ 20 milhões e outros R$ 30 milhões serão destinados para obras diversas, entre elas a construção de mais uma penitenciária em Cruzeiro do Oeste e a remodelação de delegacias em todo o Estado. Com este volume de licitações, a preocupação do secretário de Obras Públicas, Julio César de Souza Araújo Filho, é com a participação mais ativa das empresas de construção civil nos editais disponibilizados pelo Estado. Ele espera que não aconteça o mesmo de 2007, quando a quantidade de obras ofertada era tão grande que, em algumas licitações, apenas uma empresa concorria, o que acabava cancelando o processo por falta de competitividade. “Esperamos que haja mais empresas interessadas em participar destes processos”, frisa o secretário. Segundo ele, a planilha orçamentária sofreu este ano um reajuste de 8%, se comparada com a do ano passado, o que torna os projetos completamente exeqüíveis e com margem de lucro para as empresas. “Os preços praticados pela Secretaria de Obras são, inclusive, melhores do que os valores aplicados pelo governo municipal”, compara. De acordo com o secretário, a planilha orçamentária terá ainda uma nova atualização, de 9%, no próximo semestre, devido ao aumento no valor da mão-de-obra. Quanto à especulação referente ao aumento no valor dos materiais e um possível ajuste à planilha, o secretário criticou aqueles que estão subindo em até 10% o valor de alguns insumos, com base apenas numa propaganda. “As pessoas estão se protegendo de algo que ainda nem aconteceu. A madeira e o frete, por exemplo, não subiram de preço. Então, determinados produtos não têm justificativa para sofrer reajuste. Não podemos aceitar isso”, explica. Para evitar os aumentos abusivos, a orientação aos empresários é fazer pesquisa de mercado e discutir o preço. “É necessário barganhar para nos defendermos de preços altos”, alerta. Mão-de-obra – Para atender à demanda por mão-de-obra, o secretário salienta que o governo federal, em conjunto com governo do Estado e entidades de classe, vai investir R$ 8 milhões para qualificar cerca de 13 mil pessoas para atuarem no setor da construção civil. “Vamos capacitar os beneficiários do Programa Bolsa-família para aumentar as perspectivas de retorno ao mercado de trabalho e resgate da cidadania”, explicou. Na avaliação de Araújo Filho, o salário do profissional da construção civil é digno e bastante interessante, “principalmente para aquelas pessoas que não tiveram oportunidade de estudar”, lembrando que o piso salarial de um pedreiro, por exemplo, é de R$ 840,40. “Vale ressaltar que trabalhadores qualificados e que estão há mais tempo no mercado recebem, em média, R$ 1 mil por mês, fora os benefícios. Conheço também mestre de obras que ganha mensalmente R$ 3 mil”, aponta. Serviço: As empresas interessadas em participar das licitações da SEOP podem se informar através do link http://celepar7cta.pr.gov.br/deam/licitacv2.nsf/por%20instituicao?OpenView&Start=1&Count=65535&Expand=55#55. Os editais podem ser comprados na sede da secretaria de Obras, em Curitiba, na Rua Pedro Ivo, 386, ou nos Escritórios Regionais, no interior do Estado. Endereços no link http://www.seop.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=3