Definir um protocolo único para padronizar em todo o Estado o que diz respeito ao transplante de córneas. Esse foi o objetivo da reunião realizada na tarde desta segunda-feira (30), na Secretaria de Estado da Saúde. Participaram da reunião a Central de Transplantes do Paraná, representantes dos Bancos de Olhos do Paraná e o representante do Sistema Nacional de Transplantes.
“A padronização desse protocolo para os diferentes bancos de olhos melhorará as diretrizes para identificação das córneas e agilizará a liberação do tecido para os transplantes”, explicou o secretário Moreira Junior. De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Schirley Batista Nascimento, a padronização do protocolo facilitará também o entendimento entre todos os bancos de olhos do estado.
“Com um documento único, todo terão que seguir os mesmos protocolos já estabelecidos. Antes, cada um definia o seu protocolo e isso acabava gerando questionamentos e desencontros de informações. Com um documento único o processo de transplante será muito mais ágil”, definiu Schirley. Hoje, existem seis Bancos de Olhos no Paraná localizados nas cidades de Curitiba (duas), Cascavel, Maringá, Campina Grande do Sul e Londrina (em fase de credenciamento).
De acordo com o assistente técnico do Sistema Nacional de Transplante, Fernando Pagnussato, um protocolo único pode colocar o estado como modelo para outros estados. “O Paraná é referência em tanta coisa. Porque não ser também em transplantes. Com certeza, a implantação das Organizações de Procura de Órgãos (Opos) servirá de referência para que outros estados venham aqui conhecer a implantação do processo no estado”, afirmou.
Segundo Moreira, um dos seus maiores objetivos desde que assumiu a Secretaria da Saúde era o de aumentar o número de transplantes no Estado. “Para isso, implantamos seis Organizações de Procura de Órgãos (Opos) em nosso Estado. As Opos já foram aprovadas pelo Ministério da Saúde e acredito que até o final de setembro já estejam em funcionamento”, explicou o secretário.
As Opos tem o objetivo de servir de ponte entre as comissões internas dos hospitais e a Central de Transplantes ajudando na identificação de possíveis doadores, na abordagem das famílias e na manutenção desses doadores até o transplante.
Outra forma de aumentar o número de transplantes será a parceria entre a Central de Transplantes e a Central de Luto de Curitiba. “Essa parceria terá como objetivo aumentar o número de transplantes de tecidos. Teremos uma sala equipada com profissionais especializados dentro da Central e, tendo o sim da família, nossa equipe fará a retirada dos tecidos, fêmur, válvula cardíaca e pele”, disse o secretário.
De acordo com Moreira, até o final de setembro a sala de cirurgia deverá estar pronta para receber doadores. “Hoje, são cerca de 350 pessoas por mês que passam pela Central de Luto. Se pensarmos que temos condições de pegar pelo menos 100 pessoas por mês, teremos mais 200 córneas prontas para serem destinadas a quem precisa”.
CREDENCIAMENTOS – Na última quarta-feira (25) o Paraná recebeu o credenciamento de novas unidades hospitalares para a realização de transplantes. O Hospital Universitário de Londrina recebeu o credenciamento para a realização de transplante de medula óssea e pele, único hospital no estado a fazer esse tipo de procedimento.
O novo credenciamento irá atender também o Hospital Pequeno Príncipe, que poderá realizar transplantes de medula óssea. O HPP já é referência para os transplantes de fígado e coração, e com o novo credenciamento deve se tornar referência para o transplante de medula infantil.
A nova portaria abrange também o Hospital de Olhos, que terá seu próprio banco de olhos, o que vai representar um grande aumento na captação e doação de córneas no Estado.
Vítima de Ceratocome, doença degenerativa que acomete os olhos, Tânia Mara da Cunha, 28, começou a perder a visão com 14 anos. “Nessa época eu ainda enxergava, mas estava perdendo a visão aos poucos até que, depois do nascimento do meu filho, esse processo se acelerou e eu fiquei com apenas 10% de visão no olho direito”, revelou.
A cirurgia de transplante, feita em 2007, devolveu a vida a Tânia como ela mesma diz. “Voltei a fazer tricô, crochê e outras atividades que eu não podia mais fazer. Voltei a ver a vida”.
TRANSPLANTES – Nos últimos anos o número de transplantes vem aumentando no Paraná. Em 2003 foram realizados 806 transplantes no Estado e em 2009 esse número subiu para 1.344, aumento de 66%. Os transplantes de córnea e rim lideram as estatísticas. O de rim teve aumento de 44%, passando de 214 em 2003 para 310 em 2009.
“A padronização desse protocolo para os diferentes bancos de olhos melhorará as diretrizes para identificação das córneas e agilizará a liberação do tecido para os transplantes”, explicou o secretário Moreira Junior. De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Schirley Batista Nascimento, a padronização do protocolo facilitará também o entendimento entre todos os bancos de olhos do estado.
“Com um documento único, todo terão que seguir os mesmos protocolos já estabelecidos. Antes, cada um definia o seu protocolo e isso acabava gerando questionamentos e desencontros de informações. Com um documento único o processo de transplante será muito mais ágil”, definiu Schirley. Hoje, existem seis Bancos de Olhos no Paraná localizados nas cidades de Curitiba (duas), Cascavel, Maringá, Campina Grande do Sul e Londrina (em fase de credenciamento).
De acordo com o assistente técnico do Sistema Nacional de Transplante, Fernando Pagnussato, um protocolo único pode colocar o estado como modelo para outros estados. “O Paraná é referência em tanta coisa. Porque não ser também em transplantes. Com certeza, a implantação das Organizações de Procura de Órgãos (Opos) servirá de referência para que outros estados venham aqui conhecer a implantação do processo no estado”, afirmou.
Segundo Moreira, um dos seus maiores objetivos desde que assumiu a Secretaria da Saúde era o de aumentar o número de transplantes no Estado. “Para isso, implantamos seis Organizações de Procura de Órgãos (Opos) em nosso Estado. As Opos já foram aprovadas pelo Ministério da Saúde e acredito que até o final de setembro já estejam em funcionamento”, explicou o secretário.
As Opos tem o objetivo de servir de ponte entre as comissões internas dos hospitais e a Central de Transplantes ajudando na identificação de possíveis doadores, na abordagem das famílias e na manutenção desses doadores até o transplante.
Outra forma de aumentar o número de transplantes será a parceria entre a Central de Transplantes e a Central de Luto de Curitiba. “Essa parceria terá como objetivo aumentar o número de transplantes de tecidos. Teremos uma sala equipada com profissionais especializados dentro da Central e, tendo o sim da família, nossa equipe fará a retirada dos tecidos, fêmur, válvula cardíaca e pele”, disse o secretário.
De acordo com Moreira, até o final de setembro a sala de cirurgia deverá estar pronta para receber doadores. “Hoje, são cerca de 350 pessoas por mês que passam pela Central de Luto. Se pensarmos que temos condições de pegar pelo menos 100 pessoas por mês, teremos mais 200 córneas prontas para serem destinadas a quem precisa”.
CREDENCIAMENTOS – Na última quarta-feira (25) o Paraná recebeu o credenciamento de novas unidades hospitalares para a realização de transplantes. O Hospital Universitário de Londrina recebeu o credenciamento para a realização de transplante de medula óssea e pele, único hospital no estado a fazer esse tipo de procedimento.
O novo credenciamento irá atender também o Hospital Pequeno Príncipe, que poderá realizar transplantes de medula óssea. O HPP já é referência para os transplantes de fígado e coração, e com o novo credenciamento deve se tornar referência para o transplante de medula infantil.
A nova portaria abrange também o Hospital de Olhos, que terá seu próprio banco de olhos, o que vai representar um grande aumento na captação e doação de córneas no Estado.
Vítima de Ceratocome, doença degenerativa que acomete os olhos, Tânia Mara da Cunha, 28, começou a perder a visão com 14 anos. “Nessa época eu ainda enxergava, mas estava perdendo a visão aos poucos até que, depois do nascimento do meu filho, esse processo se acelerou e eu fiquei com apenas 10% de visão no olho direito”, revelou.
A cirurgia de transplante, feita em 2007, devolveu a vida a Tânia como ela mesma diz. “Voltei a fazer tricô, crochê e outras atividades que eu não podia mais fazer. Voltei a ver a vida”.
TRANSPLANTES – Nos últimos anos o número de transplantes vem aumentando no Paraná. Em 2003 foram realizados 806 transplantes no Estado e em 2009 esse número subiu para 1.344, aumento de 66%. Os transplantes de córnea e rim lideram as estatísticas. O de rim teve aumento de 44%, passando de 214 em 2003 para 310 em 2009.