Secretaria da Saúde do Paraná esclarece informações sobre vacina da Nova Gripe

Estudos clínicos realizados pela empresa Sanofi-Aventis voltados para crianças com mais de seis meses de vida, gestantes e lactantes foram aprovados pela Anvisa e pelo Instituto Butantan
Publicação
23/03/2010 - 18:50
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Informações que circulam na internet de que a vacina da Nova Gripe (H1N1) é contra-indicada para menores de 18 anos e que não deve ser utilizada por grávidas, nem lactantes, tem feito com que surjam diversas dúvidas na população. Registrada pelo Instituto Butantan, de São Paulo, com base nos estudos realizados e fornecidos pela empresa produtora, a Sanofi-Aventis, a vacina A/H1N1 tem comprovação de eficácia e segurança para o uso em crianças a partir dos seis meses de idade, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“É por esta razão que a bula constante nos lotes já fornecidos ao Ministério da Saúde contém a informação de que o uso é recomendado para maiores de 18 anos, mas segundo todos os estudos técnicos não há contra-indicação para crianças maiores de seis meses”, explica o secretário da Saúde, Gilberto Martin.
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, se pronunciou oficialmente sobre a questão da bula da vacina. “Verifica-se que os dados utilizados para registro do produto pelo Instituto Butantan e agora complementados demonstram que a vacina influenza A (H1N1) tem comprovação de eficácia e segurança para uso em crianças a partir de seis meses de idade”, afirma.
Os dizeres referidos na bula e nos modelos de embalagens provenientes deste registro contêm as informações de que o uso da vacina “é recomendado para maiores de 18 anos”, pois, naquele momento, foram apresentados somente os resultados dos estudos conduzidos com indivíduos da faixa etária referida. “Porém, é importante deixar claro que a Anvisa tinha conhecimento de que a vacina já estava sendo utilizada em países do hemisfério norte na faixa etária da população acima de 6 meses”, comenta o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria, José Lúcio dos Santos.
A coordenadora do setor de imunizações da Secretaria, Beatriz Thiel, reforça que com relação a gestantes e lactantes o Ministério da Saúde afirma que a vacina é segura e indicada para a gestante em qualquer idade gestacional. “As informações contidas na bula para este grupo populacional são informes de precaução padrão”, explica.
Segundo ela, esses alertas são obrigatoriamente incluídos nas bulas por indicação do Ministério da Saúde, porém a experiência pós-comercialização com a vacina em outros países não identificou risco associado ao uso da vacina em gestantes e lactantes. No Brasil, a quantidade de vacinas aplicadas já passa de 2 milhões e, segundo o Ministério da Saúde, nenhuma reação grave foi confirmada.
Por último, Beatriz lembrou que até o momento o Paraná já imunizou mais de 140 mil pessoas em todo o Estado e que nenhuma notificação de evento adverso grave à vacina foi registrado. “Os riscos são semelhantes aos de qualquer outra vacina, ou seja, existem mas não são frequentes. É muito semelhante, por exemplo, à vacina da influenza sazonal que se realiza anualmente no país”, afirmou.

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