A Secretaria da Saúde registrou, no último mês, um aumento significativo de surtos de rotavírus e norovírus, que provocam gastroenterite (combinação de diarreia, vômito e febre) em quatro regiões do Estado. Como pessoas de todas as idades estão sujeitas a contrair as doenças, a transmissão acontece principalmente nas residências, creches e escolas. Para evitar o surto de ambos é preciso reforçar os cuidados com a higiene alimentar e ambiental, sobretudo com as pessoas que já estão doentes.
“É fundamental que as pessoas recuperem os bons hábitos de higiene, utilizados durante o período da pandemia de Gripe A. Naquela época constatamos que os casos de diarreia, causados por rotavírus e norovírus, diminuíram, visto que a população estava preocupada em manter hábitos de prevenção”, afirmou o secretário da Saúde, Carlos Moreira Júnior.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, em 2008, cerca de 2% dos atendimentos nas unidades básicas de saúde eram de casos de gastroenterite. Em 2009, este número baixou para menos de 1% dos atendimentos.
Os casos de meningite, doença que é transmitida por contato, também diminuíram no auge da Gripe A. Em 2008, a Secretaria de Estado da Saúde notificou em torno de dois mil casos da doença no Paraná. Em 2009 foram notificados aproximadamente 800 casos.
A médica e coordenadora do Centro de Informação Estratégica e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs), Ângela Maron, explica que não existe clima propício e nem época do ano para o aparecimento de surtos. “Basta uma pessoa contaminada se descuidar e os que estão ao seu redor podem contrair a doença. Os idosos, as crianças e as pessoas com doenças graves merecem atenção redobrada porque eles ficam desidratados com mais facilidade. No caso dos diabéticos, por exemplo, eles podem até morrer por desidratação”, ressalta.
Sintomas - Os sintomas mais comuns das duas doenças são náusea, vômito, diarreia, dores abdominais, febre baixa e mal estar, com duração média de um a três dias em caso de norovírus, e de uma a duas semanas em caso de rotavírus. De acordo com Ângela, se os sintomas persistirem por mais de 12 horas deve-se procurar atendimento médico imediatamente, para identificação do vírus causador da doença e não se automedicar.
“As pessoas não levam os sintomas a sério e acabam se automedicando, o que é um perigo para a saúde. A automedicação pode mascarar os sintomas e agravar o quadro clínico, principalmente se fizerem uso de antibióticos”, explica.
Tratamento – A gastroenterite causada por rotavírus e norovírus é uma doença autolimitada, por isso o tratamento indicado é repouso e ingestão de muito líquido para evitar a desidratação. No entanto, se os sintomas persistirem por mais tempo o médico deverá ser novamente consultado.
Vacina – Já está disponível na rede pública a vacina eficaz na prevenção de gastroenterite por rotavírus para menores de um ano. Esta vacina está disponível em qualquer unidade de saúde, sendo administrada em duas doses: a primeira aos dois meses e a segunda aos quatro meses de idade. Para o norovírus ainda não existe vacina.
Em caso de surto em creches, empresas e escolas, o responsável deve notificar imediatamente a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.
Dicas de prevenção: (Box)
· Consuma alimentos de estabelecimentos licenciados, especialmente os de maior risco de contaminação, como ostras e mariscos ou qualquer alimento cru, pois o norovírus resiste ao congelamento, a temperaturas altas como 60ºC e a 10 ppm de cloro (valor acima da concentração de cloro permitida em água para consumo humano);
· Lave sempre as mãos cuidadosamente, com água e sabão, antes de comer ou preparar alimentos, antes e depois de ir ao banheiro, depois de trocar fraldas, ao chegar à escola, ao chegar ao trabalho e ao chegar em casa;
· Cozinhe bem os alimentos. Lave todas as frutas e hortaliças (verduras e legumes);
· Beba sempre água tratada ou fervida;
· Se estiver cuidando de alguém que vomitou ou está com diarreia, lave bem as mãos com bastante água e sabão depois de limpar o banheiro, ajudar a pessoa a usar o banheiro ou após trocar fraldas, roupas ou lençois sujos;
· Se você ou seu filho tiver diarreia persistente, com ou sem febre, ou se a diarreia for muito forte, procure atendimento médico;
· Utilize equipamentos de proteção individual (luvas, máscara, óculos, avental) sempre que prestar assistência aos doentes, especialmente no tratamento das excreções, fezes e vômitos dos doentes, lavando em seguida as mãos com água e sabão;
· Os manipuladores de alimentos e os profissionais de saúde que prestam cuidado direto ao paciente, que apresentem vômitos e diarréia, devem afastar-se da atividade para tratamento médico até se recuperarem.
“É fundamental que as pessoas recuperem os bons hábitos de higiene, utilizados durante o período da pandemia de Gripe A. Naquela época constatamos que os casos de diarreia, causados por rotavírus e norovírus, diminuíram, visto que a população estava preocupada em manter hábitos de prevenção”, afirmou o secretário da Saúde, Carlos Moreira Júnior.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, em 2008, cerca de 2% dos atendimentos nas unidades básicas de saúde eram de casos de gastroenterite. Em 2009, este número baixou para menos de 1% dos atendimentos.
Os casos de meningite, doença que é transmitida por contato, também diminuíram no auge da Gripe A. Em 2008, a Secretaria de Estado da Saúde notificou em torno de dois mil casos da doença no Paraná. Em 2009 foram notificados aproximadamente 800 casos.
A médica e coordenadora do Centro de Informação Estratégica e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs), Ângela Maron, explica que não existe clima propício e nem época do ano para o aparecimento de surtos. “Basta uma pessoa contaminada se descuidar e os que estão ao seu redor podem contrair a doença. Os idosos, as crianças e as pessoas com doenças graves merecem atenção redobrada porque eles ficam desidratados com mais facilidade. No caso dos diabéticos, por exemplo, eles podem até morrer por desidratação”, ressalta.
Sintomas - Os sintomas mais comuns das duas doenças são náusea, vômito, diarreia, dores abdominais, febre baixa e mal estar, com duração média de um a três dias em caso de norovírus, e de uma a duas semanas em caso de rotavírus. De acordo com Ângela, se os sintomas persistirem por mais de 12 horas deve-se procurar atendimento médico imediatamente, para identificação do vírus causador da doença e não se automedicar.
“As pessoas não levam os sintomas a sério e acabam se automedicando, o que é um perigo para a saúde. A automedicação pode mascarar os sintomas e agravar o quadro clínico, principalmente se fizerem uso de antibióticos”, explica.
Tratamento – A gastroenterite causada por rotavírus e norovírus é uma doença autolimitada, por isso o tratamento indicado é repouso e ingestão de muito líquido para evitar a desidratação. No entanto, se os sintomas persistirem por mais tempo o médico deverá ser novamente consultado.
Vacina – Já está disponível na rede pública a vacina eficaz na prevenção de gastroenterite por rotavírus para menores de um ano. Esta vacina está disponível em qualquer unidade de saúde, sendo administrada em duas doses: a primeira aos dois meses e a segunda aos quatro meses de idade. Para o norovírus ainda não existe vacina.
Em caso de surto em creches, empresas e escolas, o responsável deve notificar imediatamente a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.
Dicas de prevenção: (Box)
· Consuma alimentos de estabelecimentos licenciados, especialmente os de maior risco de contaminação, como ostras e mariscos ou qualquer alimento cru, pois o norovírus resiste ao congelamento, a temperaturas altas como 60ºC e a 10 ppm de cloro (valor acima da concentração de cloro permitida em água para consumo humano);
· Lave sempre as mãos cuidadosamente, com água e sabão, antes de comer ou preparar alimentos, antes e depois de ir ao banheiro, depois de trocar fraldas, ao chegar à escola, ao chegar ao trabalho e ao chegar em casa;
· Cozinhe bem os alimentos. Lave todas as frutas e hortaliças (verduras e legumes);
· Beba sempre água tratada ou fervida;
· Se estiver cuidando de alguém que vomitou ou está com diarreia, lave bem as mãos com bastante água e sabão depois de limpar o banheiro, ajudar a pessoa a usar o banheiro ou após trocar fraldas, roupas ou lençois sujos;
· Se você ou seu filho tiver diarreia persistente, com ou sem febre, ou se a diarreia for muito forte, procure atendimento médico;
· Utilize equipamentos de proteção individual (luvas, máscara, óculos, avental) sempre que prestar assistência aos doentes, especialmente no tratamento das excreções, fezes e vômitos dos doentes, lavando em seguida as mãos com água e sabão;
· Os manipuladores de alimentos e os profissionais de saúde que prestam cuidado direto ao paciente, que apresentem vômitos e diarréia, devem afastar-se da atividade para tratamento médico até se recuperarem.