O secretário da Justiça e da Cidadania, Aldo Parzianello, anunciou a criação do selo social para produtos confeccionados no Sistema Penal do Estado. A marca, com a inscrição “Produzido dentro do Sistema Penitenciário do Paraná”, tem como símbolo uma mão segurando outra com um punhado de terra, onde está introduzida a muda de uma planta.
Parzianello explicou que o fundo amarelo representa o solo, o azul do céu expressa a liberdade, a mão com a terra e a planta seria o apenado germinando algo que pode dar frutos, em seu processo de ressocialização e a mão que ampara é a sociedade, dando proteção e sustentação ao preso. “É preciso sensibilizar toda a comunidade a respeito dos trabalhos de ressocialização desenvolvidos no Sistema Penitenciário, que se preocupa com a reintegração social do apenado”, concluiu o secretário. A criação do selo foi autorizada por um decreto do governador Roberto Requião.
De acordo com o Departamento Penitenciário (Depen), 65 empresas são conveniadas com as unidades prisionais do Estado, produzindo 120 produtos diretos e seus subprodutos, como exemplo, a fábrica de bolas. São confeccionadas bolas de basquete, futsal, voleibol e outras, assim como a de pastas e uniformes, que produz vários modelos do mesmo material.
Em encontro promovido com todos os diretores das unidades penais do Paraná, Parzianello também revelou que toda a empresa que mantém parceria nos canteiros de trabalho do Sistema Penitenciário terá 1% das taxas administrativas deduzidas a cada preso que empregar. “Essa medida visa incrementar o processo de profissionalização e incentivar as empresas a trabalhar conosco”, comentou o secretário. Ele também ressaltou que, nos casos das microempresas que não tenham mais a capacidade de adequar um interno no canteiro de trabalho, mas indiquem uma nova parceria, serão igualmente beneficiadas com o desconto.
Empresários - A panificadora da Prisão Provisória de Curitiba (PPC), no Ahú, está em processo de implantação do selo de qualidade ISO 9000. Instalada há um ano na unidade, fabrica cerca de 18 mil pães de segunda-feira a sábado. O empresário Marcos Ramon, que gerencia esse programa, contou que a cada dois meses é realizada a capacitação profissional do interno participante. “Todos recebem certificado da especialização na área de confeitaria”, completou.
Representante da Fujiwara, Luiz Carlos Leitão considera o trabalho da empresa com o Sistema Penitenciário de responsabilidade social. Na Penitenciária de Guarapuava, cujo regime é fechado, 160 presos produzem botinas de segurança. Em Ponta Grossa, são 80 internos no canteiro de trabalho, confeccionando luvas de segurança. Toda a produção é comercializada para grandes montadoras de veículos e fábricas de grande porte. “Estudamos a possibilidade de implantar o mesmo trabalho na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP)”, avaliou Luiz.
Secretaria da Justiça lança selo para produtos confeccionados no Sistema Penitenciário
O secretário da Justiça e da Cidadania Aldo Parzianello anunciou que toda a empresa que mantém parceria nos canteiros de trabalho do Sistema Penitenciário terá 1% das taxas administrativas deduzidas a cada preso que empregar
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08/04/2005 - 10:50
08/04/2005 - 10:50
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