Secretária da Cultura lamenta a morte de Wilson Martins

Escritor faleceu com 88 anos no sábado (30), em decorrência de uma operação para retirada da bexiga
Publicação
01/02/2010 - 17:40
Editoria
“O falecimento do crítico Wilson Martins deixa uma lacuna difícil de ser preenchida na literatura brasileira”. É com esse sentimento que a Secretária de Cultura do Paraná, Vera Mussi, expressou o seu pesar pela morte de um dos maiores críticos literários que o Brasil já conheceu. O escritor faleceu com 88 anos no sábado (30), em decorrência de uma operação para retirada da bexiga. Paulista de nascimento e paranaense por opção, Martins morava em Curitiba desde a infância. Sua carreira foi marcada por grandes obras, como “A Palavra Escrita”, onde ele apresenta a origem da palavra, desde os pictogramas até o livro contemporâneo, lembrando bibliotecas antigas e modernas, os manuscritos, a evolução das técnicas de impressão, os direitos autorais e a legislação, entre muitos outros assuntos. Livros que lhe valeram o reconhecimento do público e da crítica, e que também rendeu a Martins alguns dos principais prêmios literários nacionais, como o Jabuti e o Prêmio Machado de Assis. Martins costumava dizer que escrever sobre o que ele lia era simples “como tomar um copo d’água”. Ele colaborou com alguns dos principais jornais do País como O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil e O Globo. Entre suas obras, destaque também para a “História da Inteligência Brasileira” (1957) reeditada pela Secretaria de Cultura do Paraná no final dos anos 90. A Secretária Vera Mussi lembra que no final do ano passado Martins foi indicado pelo Governo do Paraná ao Ministério da Cultura, para concorrer ao prêmio da Ordem do Mérito Cultural. O diretor da Biblioteca Pública do Paraná, Cláudio Fajardo, também lamenta a perda de Wilson Martins. “Ele era um dos mais assíduos doadores de livros para a Biblioteca Pública do Paraná. Praticamente todas as obras que ele recebia, e estamos falando de milhares de livros, depois de ler ele encaminhava para a Biblioteca. Essa generosidade deve ser sempre lembrada”, comentou.