O prefeito de Campo Largo, Edson Basso, secretários municipais, educadores e outros profissionais que atuam em áreas ligadas à infância e à juventude assistiram a uma palestra da secretária da Criança e da Juventude, Thelma Alves de Oliveira. As políticas públicas para a juventude foram o tema da palestra.
O evento, realizado no auditório da Prefeitura de Campo Largo nesta quinta-feira (23), reuniu mais de cem pessoas e foi o primeiro encontro no município para a criação de uma política municipal para atender ao público infanto-juvenil.
Thelma falou sobre as necessidades mais urgentes da população jovem e que precisa de políticas públicas consolidadas para garantir os direitos daqueles que são excluídos socialmente.
Ela apresentou dados que mostram que, de cada dois desempregados no Brasil, um deles tem até 29 anos. Além disso, o total de jovens analfabetos chega a 1,3 milhão em todo o País, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE.
“A exclusão social não é não ter dinheiro, mas não ter acesso aos bens culturais”, destacou a secretária.
A secretária lembrou ainda que, de cada cinco atos de infração, em um o jovem aparece como autor e nos outros quatro como vítima. “Não adianta criar oportunidades de lazer e esporte como uma alternativa para o jovem não virar bandido. É necessário fazer isto porque é um direito e uma necessidade do jovem e um dever do Estado”, salientou.
O ex-secretário da Educação, Maurício Requião, que estava na platéia, ressaltou que as políticas públicas devem ser elaboradas pensando-se na população que sofre as consequências da desigualdade social.
“Os órgãos governamentais precisam se questionar quem é que precisa das políticas públicas. Os jovens das camadas mais populares são os que mais precisam das iniciativas políticas”, analisou.
Para o prefeito Edson Basso, o evento serviu como ponto de partida para uma série de outras ações direcionadas à juventude local. Segundo estimativas, Campo Largo conta hoje com cerca de 25 mil pessoas com idade até 29 anos.
“A realidade aqui na cidade não é muito diferente do que se vê nos outros municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Precisamos mudar o foco, definir o espaço que o jovem precisa”, afirmou Basso.