Para marcar os 54 anos de atuação da Emater/PR o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, homenageou nesta quarta-feira (20) quatro dos primeiros servidores da instituição.
O serviço de extensão rural foi criado no Paraná em maio de 1956 com o nome de ETA, Escritório Técnico de Agricultura, e entre os primeiros funcionários estavam Rubens de Moura Rezende, José Leal Nunes, Glauco Olinger, e Paulo Sommer. “Não podemos perder essa fase da história do nosso Estado, que é uma referência agrícola. Ao homenagear esses pioneiros, estamos resgatando um pouco de todo o trabalho que a Emater vem fazendo no Paraná.”, explicou o secretário Bianchini.
A história da Emater remonta ao ano de 1956, quando foi implantado no Estado o ETA-Projeto 15, em consequência de um acordo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos. O objetivo era executar um programa de cooperação agrícola, atuando nos campos de educação, pesquisa, conservação de recursos naturais, produção agrícola e pecuária, economia doméstica e extensão rural. Três anos depois o projeto ganharia o corpo de uma instituição que consolidou o serviço de assistência técnica aos agricultores, a Acarpa.
No início, eram apenas sete escritórios no interior, com nove engenheiros agrônomos e onze técnicas sociais. “Quando começamos, o atendimento ao agricultor era feito nos escritórios, nas cidades. A partir da extensão rural os engenheiros agrônomos passaram a acompanhar no campo as atividades. Os agricultores estranhavam essa aproximação, mas quando perceberam os métodos que tentávamos ensinar a eles, as maneiras corretas para o plantio das sementes, como colher, como conservar os alimentos, passamos a ter o nosso trabalho respeitado e a conviver em plena sintonia com eles”, lembrou o engenheiro agrônomo Paulo Sommer, hoje com 80 anos, e um desses pioneiros.
Glauco Olinger também se emociona ao relembrar o início de sua atividade como extensionista no sudoeste paranaense. “Era uma região coberta por mato, de difícil acesso, e sem nenhuma assistência, até a sobrevivência era difícil. Aos poucos foram se abrindo estradas, se implantando o cooperativismo, os primeiros serviços médicos e assentamos 3.500 famílias em quatro anos. A maioria dos agricultores vinha do Rio Grande do Sul, e ao serem assentados recebiam apenas um saco de semente de milho e outro de feijão, e como empréstimo uma mula para transportar a sua mercadoria. Por meio da assistência técnica passamos a orientar esses agricultores como lidar na lavoura e principalmente a respeitar e a manter as condições de conservação do solo”, destacou Glauco Olinger.
EXTENSÃO RURAL - Atuando junto às famílias rurais, a então Acarpa foi um dos principais agentes de uma verdadeira revolução na agricultura paranaense, transformando-a em modelo para o país. A partir de 1977 a Acarpa muda sua razão social para Emater-Paraná. A mudança, porém, não alterou a missão da empresa. Neste período se consolida no Estado o movimento cooperativista de produção agropecuária, com a extensão rural fomentando e assessorando dezenas de cooperativas que hoje conduzem o desenvolvimento do meio rural. Também foi por meio da ação dos extensionistas que os paranaenses viram expandir o associativismo formal e informal.
Ao longo desses 54 anos, a Extensão Rural teve a responsabilidade ainda de executar ações de interesse dos agricultores e suas famílias, dos pescadores, dos assentados, dos trabalhadores, das mulheres e dos jovens rurais, sempre em atuação conjunta com as lideranças, articulando e mobilizando instituições ligadas ao setor. São Ações em projetos com influência direta no aumento de produção, da produtividade e da renda das propriedades.
“GENTE DA CASA” - E também como forma de reconhecer a contribuição dada por aqueles que dedicaram a maior parte de suas vidas ao trabalho de extensão rural, a diretoria da Emater instituiu o prêmio Gente da Casa, como reconhecimento aos extensionistas que se aposentaram e que tenham prestado mais de 25 anos de trabalho na Casa.
O prêmio consiste num Passaporte contendo um pequeno histórico da sua atuação na extensão rural do Paraná, e que lhe dá livre acesso às instalações e à intranet do Instituto Emater. “Algo muito simples mas com uma grande finalidade, destacar estes expoentes da extensão, para que sejam reconhecidos de imediato pelos novos funcionários, e que tenham as prerrogativas de direito de quem contribuiu por mais de 25 anos para com a Emater”, disse o diretor-presidente Arnaldo Bandeira.
Secretaria da Agricultura homenageia pioneiros da extensão rural no Paraná
O serviço de extensão rural foi criado no Paraná em maio de 1956 com o nome de ETA, Escritório Técnico de Agricultura, e entre os primeiros funcionários estavam Rubens de Moura Rezende, José Leal Nunes, Glauco Olinger, e Paulo Sommer
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21/01/2010 - 16:40
21/01/2010 - 16:40
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