O crescimento econômico e o aumento da poluição geram uma série de problemas ambientais no Estado. Lixo urbano, esgotos, escorrimento de águas superficiais na área urbana se somam à má conservação de solos agrícolas, agrotóxicos e má distribuição da cobertura florestal, causando crescimento de algas nas represas, contaminação de águas, erosão e assoreamento. Para resolver esses problemas, o Governo do Paraná desenvolve o Programa de Gestão Ambiental Integrada em Microbacias, coordenado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.
O programa tem a participação de diversos órgãos do Estado e Prefeituras Municipais, no qual todos planejam ações de forma conjunta e cada um assume sua responsabilidade no equacionamento de problemas. Problemas ambientais são complexos e seu equacionamento envolve várias instituições e participação popular efetiva. O lixo e o esgoto urbano afetam o homem do campo, a má conservação de solo na área agrícola afeta o abastecimento de água para cidades, e assim por diante.
Na área rural, a má conservação de solos e a inadequação de estradas rurais geram problemas sérios de erosão e assoreamento. Por isso, a Secretaria da Agricultura está assinando convênios com 21 municípios para promover conservação de solos e adequação de estradas em microbacias, escolhidas estrategicamente para servirem de modelo de gestão ambiental no município e nas regiões em que se localizam.
Nesses convênios a Secretaria entra com R$ 952 mil para a aquisição de combustível e as prefeituras com R$ 680 mil em horas-máquina e pessoal. Em cada município serão adequados de 10 a 15 km de estrada, e de 100 a 200 hectares de solo passarão por um processo de conservação.
Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, muita gente pratica uma agricultura conservacionista de qualidade. No entanto, alguns produtores ainda não conhecem bem as técnicas de conservação, havendo necessidade de um forte trabalho de extensão rural. “Outros as conhecem mas, por não verem vantagem em sua aplicação, não as usam, e não conseguem ver os impactos ambientais e econômicos gerados por suas ações. Nesse caso, há necessidade de uma ação firme de educação ambiental, complementada por fiscalização”, afirma Bianchini.
O secretário explica ainda que alguns agricultores deixaram de fazer a rotação de culturas e os terraceamentos, além de aplicar o sistema de plantio direto de forma incompleta. “Essas práticas agrícolas inadequadas acabam contribuindo para a erosão das terras as margens das estradas”, diz Bianchini.
Essa ação é complementada por um forte programa de assistência técnica, educação ambiental, planejamento dos espaços urbanos e rurais nas microbacias trabalhadas, com forte participação de todos os signatários do Programa de Gestão Ambiental Integrada em Microbacias. Em 2010, entre outras ações, a Sanepar, a Copel e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente executarão um forte processo de educação ambiental nas microbacias trabalhadas. A Copel fornecerá imagens de satélite de alta resolução para as instituições envolvidas no programa e continuará desenvolvendo todo o sistema de informação integrado do programa. A Secretaria do Meio Ambiente trabalhará com a recuperação de nascentes de água.
Também estão envolvidos no Programa a Emater; Celepar; Ipardes; IAP; Codapar; Mineropar; Secretarias da Educação, da Indústria e Comércio, do Desenvolvimento Urbano, do Planejamento; Polícia Florestal do Paraná; Departamento de Estradas de Rodagem; o Instituto de Terras e Cartografia; e a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa). O Programa de Gestão Ambiental Integrada em Microbacias está descrito na página www.pgaim.pr.gov.br.
Secretaria da Agricultura busca diminuir erosão no campo
Programa de Gestão Ambiental Integrada em Microbacias reúne iniciativas do Governo do Estado e de Prefeituras Municipais
Publicação
15/01/2010 - 16:50
15/01/2010 - 16:50
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