Sanepar vai produzir mudas para recuperar vegetação de restingas

Compostagem de lodo de esgoto com outros resíduos será estudada em Matinhos
Publicação
26/01/2010 - 15:50
Editoria

Confira o áudio desta notícia

A Sanepar lança, nesta quarta-feira (27), às 14h, o Programa Restinga Viva, que pretende desenvolver mudas de plantas, no Viveiro do Parque Estadual Rio da Onça, em Matinhos. Na produção das mudas será utilizado o lodo de esgoto gerado nas estações de tratamento do litoral. Nesta quarta-feira, na sede do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de Matinhos, os técnicos da Sanepar, Emater, Embrapa, IAP, Prefeitura de Matinhos, Força Verde, Universidade Federal do Litoral, Centro de Estudos do Mar (CEM) e da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar) iniciam o planejamento das ações do projeto e definem as atuações integradas. PRODUÇÃO – As aproximadamente 50 toneladas de lodo de esgoto gerado nas estações de tratamento instaladas nos municípios do litoral serão incorporadas à compostagem com restos de coco, bagaço de cana-de-açúcar e poda de árvore e de grama. “Esse substrato será estudado e, simultaneamente, aplicado na produção de mudas do ecossistema de restinga”, explica a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa. As mudas da restinga, posteriormente, serão transplantadas para a orla marítima, com o objetivo de recuperar o ecossistema. Segundo a diretora, o projeto é piloto e deverá se expandir para os demais municípios do litoral. Atualmente, a Sanepar tem 16 viveiros instalados. Desde 2005, já foram produzidos, aproximadamente, 2 milhões de mudas. Os viveiros estão situados em Bela Vista do Paraíso, Araucária, Apucarana, Cambará, Cascavel, Cornélio Procópio, Goioerê, Itapejara do Oeste, Londrina, Matinhos, Palotina, Paranavaí, Planalto, Ponta Grossa, Siqueira Campos e Santo Antônio do Sudoeste. RESTINGA – O termo restinga está interligado ao tipo de solo e à vegetação. Segundo o Conama – Resolução n.º 7 de 23 de julho de 1996 –, “entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de grande diversidade ecológica sendo consideradas comunidades edáficas (que pertence ao solo) por dependerem mais da natureza do solo que do clima”. Ou, ainda, chama-se restinga um terreno arenoso e salino, próximo ao mar e coberto de plantas herbáceas características. SERVIÇO: Dia: 27/01/10 – quarta-feira Horário: 14h Local: Escritório do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de Matinhos, Rua da Fonte, 331 (Fundos da Secretaria da Educação).