A Sanepar conseguiu restabelecer o abastecimento de água tratada em Sengés, na tarde desta terça-feira (2). Mesmo assim, os bairros da parte alta da cidade ainda sentem o efeito do desabastecimento, porque a rede apresenta muitos pontos de vazamento, o que provoca baixa pressão e impede o bombeamento da água para todas as regiões. Além disso, o consumo elevado pelos moradores da região baixa – que limpam a lama deixada pela enxurrada - agrava o efeito da despressurização da rede. O problema só é minimizado no período noturno e somente para os moradores que possuam caixa de água em seus imóveis. Outro fator que ainda afeta o perfeito funcionamento do sistema de água é a instabilidade do sistema elétrico da cidade. Em Sengés, a Sanepar produz 115 mil litros de água por hora, por meio de três poços e, para isso, depende de conjunto de motobombas elétricas. O fornecimento de energia elétrica pela Copel não está normalizado totalmente e qualquer pico de consumo desarma os sistemas de bombeamento da Sanepar. O restabelecimento posterior, nesses casos, é feito de forma gradual a fim de evitar rompimentos da rede pela alta pressão de bombeamento. LIMPEZA - Além de trabalhar na reconstrução dos sistemas de água e esgoto de Sengés, as equipes técnicas da Sanepar também ajudam a limpar a cidade, com atenção especial às condições sanitárias das ruas e imóveis. A empresa encaminhou dois caminhões de hidrojateamento para o serviço de desobstrução das suas redes, mas, por trabalharem com equipamentos de alta pressão, eles são empregados também na aplicação de hipoclorito, a fim de fazer a desinfecção das áreas atingidas pela lama e evitar a propagação de doenças. Em Tomazina, a Sanepar voltou a produzir água tratada e já consegue abastecer 70% da cidade. Na manhã desta quarta-feira (3), a empresa conseguiu implantar uma rede provisória pela ponte do Rio das Cinzas e reforçar o abastecimento do lado da cidade que está sendo atendido por caminhões-pipa. LONDRINA - Enquanto não recupera 100% de sua capacidade de reservação, a Sanepar mantém o rodízio no fornecimento de água em Londrina e Cambé. 80 bairros da primeira e dois da segunda estão sendo atingidos nesta quarta-feira (3). No final de semana, as fortes chuvas elevaram o índice de turbidez do Rio Tibagi, impossibilitando a captação e tratamento de água, o que resultou numa drástica redução dos níveis dos reservatórios que distribuem a água em Londrina e Cambé. Com as altas temperaturas registradas, o consumo em Londrina e Cambé está acima da média, o que dificulta a recuperação dos reservatórios. Mesmo com a restrição do fornecimento ontem para 36 mil imóveis, a população abastecida consumiu 15% a mais do que a média. A previsão é que até o próximo domingo, o abastecimento seja normalizado. A Sanepar reforça a importância do uso racional da água.