A estação de tratamento de esgoto Ouro Verde, da Sanepar, em Foz do Iguaçu, já está conectada à rede da Copel para fornecer energia elétrica. Os testes para aproveitamento da energia gerada por estações de tratamento de esgoto comprovaram a viabilidade da incorporação de energia gerada por pequenos sistemas. A ETE Ouro Verde consome 68 kW/h por mês em todos os seus processos e produz, no mesmo período, 660 kW/h, com a utilização do gás metano. Mais de 40 técnicos da Copel realizaram 15 ensaios para verificar a confiabilidade do sistema e aprovaram a geração e distribuição de energia para a rede pública de abastecimento. O presidente da Sanepar, Stênio Jacob, lembrou que a empresa implantou o Progesan (Programa de Geração de Energia do Saneamento) que prevê a extensão da experiência de Foz do Iguaçu para todas as unidades do Paraná. “Em um ano, o sistema de Foz provou que é possível a gerar energia e distribuí-la para a rede pública. Essa alternativa energética é um avanço extraordinário, tanto para a produção de energia limpa, como para a redução de gases do efeito estufa”, assegura Stênio. ENERGIA LIMPA - O programa de geração de energia, a partir do gás metano (subproduto do tratamento de esgoto), foi implantado em Foz em maio de 2008, com a instalação da unidade piloto de energia da ETE Ouro Verde. A energia já produzida na estação da Sanepar é suficiente para atender, todos os meses, o consumo de energia elétrica de cinco residências. De acordo com o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa, realizado pela Sanepar, por ano, a Estação de Tratamento de Esgoto Ouro Verde deixou de emitir para a atmosfera o equivalente a 148 toneladas de gás carbônico. “Quando o projeto for estendido às 199 estações de tratamento de esgoto da Sanepar, estaremos multiplicando estes números, contribuindo para a redução da emissão dos gases do efeito estufa e também para a expansão da geração de energia no País”, afirma a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa. Além de contribuir para a recuperação da camada de ozônio, a energia limpa produzida na estação de tratamento de esgoto também traz outro benefício, que é a redução de consumo de energia elétrica no processo do tratamento de esgoto. Atualmente o gasto com energia é a segunda maior despesa da Sanepar. E, a utilização da energia elétrica oriunda do processo de tratamento poderá, no futuro, além de gerar economia de mais de R$ 3 milhões por ano para a empresa ainda contribuir para a expansão do setor energético. “Além de se tornar autossuficiente no consumo de energia elétrica, a Sanepar estará disponibilizando mais energia à população”, afirma Stênio.