Sanepar explica problemas causados por vândalos a moradores de Ponta Grossa


Reunião foi no bairro Dom Bosco, onde o sistema de esgoto é alvo frequente de vandalismo e concentra o maior número de reclamações
Publicação
17/09/2009 - 15:21
Editoria
Para resolver os problemas do sistema de esgoto que atende o bairro Dom Bosco em Ponta Grossa técnicos da Sanepar informaram moradores da região sobre o funcionamento da rede coletora e dos poços de visita. Aquele sistema tem sido alvo constante de vandalismo e concentra o maior número de reclamações. No encontro, foi feito alerta sobre a responsabilidade de quem danifica bem público ou rouba equipamentos do sistema. Com o apoio da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Secretaria Municipal de Educação e da Associação de Moradores, a reunião foi realizada na Escola Municipal Zilá Bernadete Bach. O delegado Flávio Ernesto Gaya Zanin, da Delegacia do Adolescente, orientou os pais sobre a responsabilidade de cada morador na preservação do patrimônio público, como o sistema de coleta e tratamento de esgoto. “As pessoas precisam estar cientes de que se cada um de nós ou cada grupo social ajudar a cuidar, teremos uma melhor condição de vida para todos”, destacou. RECLAMAÇÕES – Frequentemente, a Sanepar recebe reclamações sobre entupimento de rede, retorno de esgoto para dentro dos imóveis e transbordamento de poços de visita da região, especialmente nos dias de chuva intensa. No entanto, ao atender as reclamações, os técnicos da Sanepar constatam que, em sua maioria, os problemas são gerados por mau uso do sistema. As principais atitudes erradas da população são descarte de lixo no vaso sanitário e lançamento de pedras, despejo de óleo de cozinha, de areia e outros objetos nos poços de visita. Outra irregularidade detectada é a interligação da água da chuva na rede coletora de esgoto. “É muito importante que os pais orientem as crianças para que não joguem pedra ou lixo nas tubulações. Esta brincadeira pode danificar a propriedade de outra pessoa ou a dela mesma. Uma tampa que seja subtraída, além de causar prejuízo financeiro pela necessidade de reposição, oferece risco de alguém cair e se machucar, causando dano ainda maior”, exemplificou Zanin. “Se for detectado um dano, a situação será apurada e o indivíduo será punido de acordo com a lei”, alertou. CUIDADOS - O gestor ambiental Geraldo Mikowski, da Sanepar, explicou todo o processo de tratamento do esgoto, desde que sai do imóvel até retornar à natureza, em forma de adubo para a agricultura ou água devolvida aos rios. “O esgoto sanitário tratado tem destino nobre, evita o uso de produtos químicos na agricultura e não prejudica o meio ambiente.” De acordo com Maria Arlete Rosa, diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar (DMA), as reuniões com a comunidade de Ponta Grossa são realizadas com frequência e devem abranger as 86 vilas que estão sendo beneficiadas com a implantação da rede coletora. As reuniões com moradores integram o programa Se ligue na rede, que atende todas as localidades beneficiadas com obras do sistema de coelta e tratamento de esgoto. O trabalho é desenvolvido por meio da Coordenação Regional da DMA. “É muito bom ter a participação da Sanepar aqui no bairro, para nos ajudar a despertar a consciência das pessoas e esclarecer dúvidas como aconteceu na palestra”, avaliou a presidente da Associação de Moradores do Dom Bosco, Adriane Soares de Souza, que já planeja uma próxima reunião. O bairro Dom Bosco, conta com o sistema há três anos.