A Sanepar está implantando uma adutora de água tratada na localidade do Guarituba, na Região Metropolitana de Curitiba, para reforçar o abastecimento da região, formada por 48 vilas nas divisas entre Piraquara, Pinhais e São José dos Pinhais.
A obra, que também contará com a readequação de equipamentos na estação elevatória de água (EEA), exigirá investimento com recursos próprios da empresa de R$ 1,5 milhão. Os serviços devem ser finalizados em 90 dias, dependendo das condições climáticas e, principalmente, das dificuldades impostas pelo solo de turfa que predomina em toda a área.
Atualmente o Guarituba e aglomerados urbanos próximos são atendidos com a água produzida na Estação de Tratamento Iguaçu, localizada na BR-227.
A construção da nova adutora de 2,97 quilômetros, com diâmetro de 200 e 250 milímetros, possibilitará uma derivação na adutora que sai da Estação de Tratamento Iraí, localizada em Pinhais, permitindo aumentar em mais de 100% o volume levado até o Reservatório Guarituba, que está localizado na região central do bairro e de onde é distribuída a água para os imóveis.
Atualmente, chegam ao reservatório 60 litros por segundo e, com a obra, será possível levar outros 70 litros por segundo. Assim, a Sanepar terá condições de manter o nível do reservatório sempre elevado e fazer a reposição mais ágil da água que sai, evitando que haja o desabastecimento.
SISTEMA ELÉTRICO - Na sequência dos trabalhos, também para melhorar o processo de distribuição da água pela rede fina (tubulação que passa em frente aos imóveis), a Sanepar vai trocar os dois conjuntos de motobombas da EEA localizados no reservatório, que hoje operam com uma potência 40 cv cada um.
Os novos equipamentos passarão a operar com 60 cv, exigindo toda a readequação da parte elétrica da estação, obras civis e reformulação do programa de computador que controla o sistema.
Estas melhorias vão aumentar a pressão na rede de água e, assim, garantir a vazão adequada para atingir os imóveis localizados em áreas de topografia muito plana ou elevada, que não podem ser abastecidos somente pela gravidade do terreno.
HISTÓRICO - Esses investimentos fazem parte de um conjunto de obras que a Sanepar executa no bairro desde 2005 e que já permitiu a implantação de 135,7 quilômetros de rede de água, com 10.738 ligações domiciliares.
Desde 2007, quando o presidente Luiz Inácio da Silva lançou o PAC no Guarituba, a Sanepar tem projetos da ordem de R$ 6,2 milhões para universalizar o fornecimento de água no bairro e para realizar obras de esgotamento sanitário, mas que só podem avançar à medida que outras instâncias públicas, como a Cohapar e a Prefeitura de Piraquara, concluam as ações de regularização fundiária e obras de urbanização, já que os núcleos habitacionais atuais foram originados por invasões há cerca de 10 anos.
Contudo, as ações da Sanepar no Guarituba esbarram em fatores socioeconômicos, como migração e hábitos de consumo. Ainda que o município de Piraquara tenha registrado um decréscimo populacional como um todo, pela proximidade com Curitiba, o bairro continua atraindo moradores. E isto, associado a uma cultura de desperdício, tem deixado o sistema em xeque, principalmente quando ocorrem ondas de calor.
Só para se ter uma idéia, a Sanepar atende 140 residências com 11 torneiras comunitárias e sem custo para seus proprietários, cujo consumo médio é de 46 metros cúbicos/mês/imóvel ou quatro vezes superior ao consumo médio de 10 metros cúbicos/mês do restante de Piraquara.
Outra situação que agrava o funcionamento do sistema de água no Guarituba é a quantidade de imóveis com ligação irregular no bairro. Atualmente, do total de imóveis com hidrômetros, a Sanepar registra que 2.644 ligações estão inativas, por não pagamento da conta ou por imóvel declarado como fechado, mas que continuam “tirando” água da rede, conforme é detectado pelo volume global distribuído no sistema.
Além disso, um outro indício do furto de água se dá na tubulação que fornece água para as torneiras comunitárias: somente uma delas, instalada para atender a um único imóvel, registrou consumo médio de 218 metros cúbicos/mês ao longo dos últimos seis meses.
A obra, que também contará com a readequação de equipamentos na estação elevatória de água (EEA), exigirá investimento com recursos próprios da empresa de R$ 1,5 milhão. Os serviços devem ser finalizados em 90 dias, dependendo das condições climáticas e, principalmente, das dificuldades impostas pelo solo de turfa que predomina em toda a área.
Atualmente o Guarituba e aglomerados urbanos próximos são atendidos com a água produzida na Estação de Tratamento Iguaçu, localizada na BR-227.
A construção da nova adutora de 2,97 quilômetros, com diâmetro de 200 e 250 milímetros, possibilitará uma derivação na adutora que sai da Estação de Tratamento Iraí, localizada em Pinhais, permitindo aumentar em mais de 100% o volume levado até o Reservatório Guarituba, que está localizado na região central do bairro e de onde é distribuída a água para os imóveis.
Atualmente, chegam ao reservatório 60 litros por segundo e, com a obra, será possível levar outros 70 litros por segundo. Assim, a Sanepar terá condições de manter o nível do reservatório sempre elevado e fazer a reposição mais ágil da água que sai, evitando que haja o desabastecimento.
SISTEMA ELÉTRICO - Na sequência dos trabalhos, também para melhorar o processo de distribuição da água pela rede fina (tubulação que passa em frente aos imóveis), a Sanepar vai trocar os dois conjuntos de motobombas da EEA localizados no reservatório, que hoje operam com uma potência 40 cv cada um.
Os novos equipamentos passarão a operar com 60 cv, exigindo toda a readequação da parte elétrica da estação, obras civis e reformulação do programa de computador que controla o sistema.
Estas melhorias vão aumentar a pressão na rede de água e, assim, garantir a vazão adequada para atingir os imóveis localizados em áreas de topografia muito plana ou elevada, que não podem ser abastecidos somente pela gravidade do terreno.
HISTÓRICO - Esses investimentos fazem parte de um conjunto de obras que a Sanepar executa no bairro desde 2005 e que já permitiu a implantação de 135,7 quilômetros de rede de água, com 10.738 ligações domiciliares.
Desde 2007, quando o presidente Luiz Inácio da Silva lançou o PAC no Guarituba, a Sanepar tem projetos da ordem de R$ 6,2 milhões para universalizar o fornecimento de água no bairro e para realizar obras de esgotamento sanitário, mas que só podem avançar à medida que outras instâncias públicas, como a Cohapar e a Prefeitura de Piraquara, concluam as ações de regularização fundiária e obras de urbanização, já que os núcleos habitacionais atuais foram originados por invasões há cerca de 10 anos.
Contudo, as ações da Sanepar no Guarituba esbarram em fatores socioeconômicos, como migração e hábitos de consumo. Ainda que o município de Piraquara tenha registrado um decréscimo populacional como um todo, pela proximidade com Curitiba, o bairro continua atraindo moradores. E isto, associado a uma cultura de desperdício, tem deixado o sistema em xeque, principalmente quando ocorrem ondas de calor.
Só para se ter uma idéia, a Sanepar atende 140 residências com 11 torneiras comunitárias e sem custo para seus proprietários, cujo consumo médio é de 46 metros cúbicos/mês/imóvel ou quatro vezes superior ao consumo médio de 10 metros cúbicos/mês do restante de Piraquara.
Outra situação que agrava o funcionamento do sistema de água no Guarituba é a quantidade de imóveis com ligação irregular no bairro. Atualmente, do total de imóveis com hidrômetros, a Sanepar registra que 2.644 ligações estão inativas, por não pagamento da conta ou por imóvel declarado como fechado, mas que continuam “tirando” água da rede, conforme é detectado pelo volume global distribuído no sistema.
Além disso, um outro indício do furto de água se dá na tubulação que fornece água para as torneiras comunitárias: somente uma delas, instalada para atender a um único imóvel, registrou consumo médio de 218 metros cúbicos/mês ao longo dos últimos seis meses.