Para despoluir a bacia do Rio Atuba e a sub-bacia do Rio Palmital, ao norte de Curitiba, a Sanepar investe cerca de R$ 26,4 milhões em obras para coletar e transportar o esgoto doméstico de Colombo. O esgoto gerado naquele município vai atravessar o município de Pinhais e chegar até a Estação de Tratamento Atuba Sul, na Capital. Uma das dificuldades da obra é transpor a BR-116, e as avenidas Ayrton Senna, João Leopoldo Jacomel e Salgado Filho, em Pinhais.
Para não interromper o tráfego de veículos naquelas vias importantes, a Sanepar optou por cavar túneis e, dentro deles, instalar a rede de transporte do esgoto. Só os quatro túneis, chamados de travessias não-destrutivas, e que totalizam 199 metros, estão custando cerca de R$ 1,14 milhão.
Além das travessias, estão sendo assentados 2.650 metros de rede coletora e mais 1.600 metros de tubos em concreto armado, cujo diâmetro varia entre 60 centímetros e 1 metro. As obras em execução fazem parte da segunda etapa de investimentos naquela região. O valor do contrato é de R$ 3,41 milhões. A terceira etapa de investimentos em Colombo está em fase de licitação.
“Nosso desafio é muito grande”, explica o presidente da Sanepar, Stênio Jacob. Segundo ele, embora o Paraná seja um dos estados com os melhores índices de coleta e tratamento de esgoto, as metas para os próximos anos são audaciosas. “Por isso estamos trabalhando firme para ampliar o benefício para mais paranaenses e também para despoluir o meio ambiente.”
FASE – Entre as obras da primeira fase, executadas em Colombo, estão o assentamento de 105 mil metros de rede coletora. Será coletado esgoto de 6.300 imóveis, contribuindo, significativamente, para livrar os Rios Atuba e Palmital dejetos lançados por moradores.
A instalação de 10,37 mil de tubulação com até 1,20 metro de altura; para o interceptor Palmital; a implantação do coletor-tronco Guarani, com 2.400 metros de tubos; execução de 1.600 poços de visita; a extensão da linha de recalque Iraí (com 1.900 metros) e a construção da estação elevatória Iraí também já foram concluídas.
Nesta região, também foram feitos mais de mil metros de travessias não-destrutivas. No coletor-tronco Guarani, por exemplo, foi executada uma travessia sob o leito do Rio Palmital com 51 metros. Já sob o Rio Iraí a solução foi diferente. Por conta da altura dos tubos – 1,20 metro – usou-se outra técnica. Os 44 metros de tubos, implantados abaixo do leito do rio, foram envelopados em concreto.
“Estas soluções demonstram a capacidade técnica da Sanepar, e o empenho dos funcionários para que os projetos, efetivamente, beneficiem a população”, enfatiza o diretor de Investimentos da Sanepar, Heitor Wallace de Mello.
EDUCAÇÃO – Em paralelo à obra, é desenvolvido o programa de educação socioambiental Se Ligue na Rede. Já foram realizadas 34 reuniões comunitárias. Nestes encontros, os moradores são orientados sobre como fazer a ligação correta entre o imóvel e a rede da Sanepar, e principalmente a separar esgoto e água da chuva.
Apesar do grande diâmetro em determinados trechos, “nossas redes são dimensionadas para receber apenas o esgoto. Se a pessoa canaliza para esta rede a água da chuva, haverá sobrecarga e o esgoto pode retornar para dentro do imóvel”, alerta Stênio.