Com o saldo positivo de 14.189 empregos gerados no mês de setembro, o Paraná atingiu a marca recorde de 131.508 contratos com carteira assinada nos nove primeiros meses de 2007, superando o obtido em todo ano de 2004, o melhor resultado desde 1992, quando começaram as análises comparativas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Em todo ano de 2004, o Paraná gerou 122.648 postos de trabalho.
O recorde foi confirmado nesta quarta-feira (24) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que informou ainda que o crescimento na geração de emprego de janeiro a setembro de 2007 foi de 7,07% em relação ao mesmo período do ano passado. Regionalmente, o interior apresentou um aumento de 8,28%, com a geração de 91.972 empregos, ou seja, 69,94% dos empregos gerados no Estado. Na Região Metropolitana de Curitiba, foram gerados 39.536 postos de trabalho, 30,06% do total.
No acumulado dos 12 últimos meses, de setembro de 2006 a setembro de 2007, a marca alcançada pelo Paraná, de 123.826 empregos, também é recorde. Com isto, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Estado ficou em cerca de 1,991 milhão.
O economista do Dieese-Pr, Sandro Silva, atribui o crescimento do nível de empregos formais no Paraná à recuperação da agricultura que, apesar do câmbio baixo, apresentou uma excelente safra e melhores preços. “O aumento da renda agrícola ampliou o volume de contratações, principalmente no interior do Estado”, acrescentou.
Segundo ele, existem outros aspectos a serem considerados, como a queda da taxa de juros, a inflação baixa, aumento do volume de crédito e, no caso do Paraná, o Piso Mínimo Regional, que “fez com que algumas categorias conseguissem índices de reposição salarial maiores, elevando o consumo e conseqüentemente as contratações para atender esta demanda de produtos”.
DESTAQUE – O setor que mais se destacou na geração de emprego, de janeiro a setembro deste ano, foi a Indústria de Transformação, com destaque para a Indústria de Alimentos, Bebidas e Álcool, com 27.564 empregos, vindo a seguir a Indústria Têxtil e de Vestuário (8.800) e a Indústria de Material de Transporte (3.859).
No setor de Serviços, os destaques ficaram por conta dos Hotéis e Restaurantes (10.404 empregos), Outros Serviços (8.164), Ensino (4.334) e Transporte e Comunicação (4.027). No setor de Comércio, o Varejista gerou 15.650 empregos e o Atacadista 4.384. Na Agricultura, foram 12.625, e na Construção Civil, 9.789 empregos.
O Paraná foi o estado com o melhor desempenho na geração de emprego este ano no Sul do Brasil, com 7,07%, seguido por Santa Catarina (5,02%) e Rio Grande do Sul (3,21%). O índice nacional foi de 5,81%.
Em todo país, o Paraná obteve o quinto melhor índice, atrás do Mato Grosso (10,11%), Tocantins (9,33%), Goiás (8,42%) e São Paulo (7,55%). Entretanto, no número total de empregos, o Estado ocupa a terceira posição (131.508), perdendo para São Paulo (682.049) e Minas Gerais (173.178). No acumulado dos últimos 12 meses, o Paraná obteve o índice de 6,6%, o segundo maior do país. Tocantins obteve 8,07%.