O salário médio recebido pelos trabalhadores contratados entre os meses de janeiro e abril deste ano alcançou os R$ 568,76, valor 4,1% superior ao pago para os contratados em igual período de 2006, quando o trabalhador admitido no Estado recebeu, em média, R$ 546,20. O dado é de estudo realizado pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, e mede a diferença dos salários médios pagos aos trabalhadores admitidos durante o primeiro quadrimestre deste ano, comparado com igual período do ano passado. A diferença entre os salários é real, uma vez que o salário médio pago aos trabalhadores em 2006 foi atualizado com o Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Segundo IPC-Fipe, a inflação entre maio de 2006 e abril de 2007 chegou a 3,37%. “A diferença, em valor, pode ser usada para comprar feijão, arroz, açúcar e macarrão para uma família de quatro pessoas. Uma família que recebe esse aumento sabe valorizar e aplicar bem esse ganho na renda média”, defende o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia. Entre os setores que apresentaram maior aumento do salário médio pago está a agropecuária. O setor, que vem se destacando no Estado também pela criação de novos postos de trabalho, pagou R$ 460,37 para os contratados entre os meses de janeiro e abril deste ano, valor 19,1% superior ao pago para os trabalhadores do setor no mesmo período do ano passado. A construção civil, outro setor que vem apresentando crescimento no número de empregos criados, foi também uma das atividades que contribuiu positivamente para o aumento do salário médio pago aos trabalhadores paranaenses, durante os quatro primeiros meses deste ano. O salário passou de R$ 615,02 em 2006 para R$ 647,43 em 2007, o que representa um crescimento de 5,3%. Em terceiro lugar está a indústria de transformação, setor em que o salário médio passou de R$ 545,72 em 2006 para R$ 569,55, e proporcionou expansão de 4,4% na renda dos funcionários contratados durante este primeiro quadrimestre. “O mais importante é percebermos que os setores que vêm apresentando bom desempenho na criação de novos empregos são os que mais contribuíram para o crescimento do salário médio. Isso nos faz concluir que a geração de novos empregos no Paraná não está acontecendo só em quantidade, mas também em qualidade”, aponta Nelson Garcia. O secretário associa o bom momento do emprego no Paraná com as políticas de trabalho e renda do Governo do Estado. “Não posso deixar de fazer a ligação direta entre a criação de novos empregos e o aumento do salário com a criação do piso regional proposto e sancionado pelo governador Roberto Requião. Temos o maior piso regional do país, e isso faz a circulação de mais dinheiro no Estado. Mais dinheiro faz aumentar o consumo e a necessidade de produção, num ciclo em que todos os paranaenses saem ganhando”, defende ainda Nelson. A afirmação do secretário é baseada nos dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, que apontam um crescimento de 35,8% na oferta de novas vagas de emprego no Paraná, durante os primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o total de empregos criados no mesmo período de 2006. O crescimento foi 50% maior do que o registrado no país, que entre janeiro e abril aumentou em 23% a oferta de novos empregos. Ainda segundo dados do Ministério, os mais de 70,3 mil empregos criados no Estado durante o período é o melhor número alcançado desde que a criação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), cadastro que registra o total de contratações e demissões durante um período.