A renda média dos trabalhadores no Paraná contratados com carteira assinada, entre janeiro e junho deste ano, aumentou 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O estudo, realizado pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, mostra que os trabalhadores admitidos no primeiro semestre de 2005 receberam, em média, R$ 500,56. No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, o salário médio dos admitidos no mercado formal alcançou R$ 534,47. A análise foi baseada nos dados dos Registros Administrativos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged). “No Paraná, os trabalhadores que conseguiram uma vaga no mercado formal durante o primeiro semestre deste ano receberam, em média, quase R$ 100,00 a mais que o salário mínimo regional, estabelecido em R$ 437,80. Comparado com o salário mínimo nacional, que hoje é de R$ 350,00, a média salarial paga no Paraná durante o primeiro semestre foi 55% maior”, destaca o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Emerson Nerone. Segundo ele, entre os setores que apresentaram maior acréscimo no poder aquisitivo dos trabalhadores estão o de extrativismo mineral, que pagou R$ 606,69 para seus funcionários, o que proporcionou um aumento de 18,8% em relação à 2005, o setor de serviços industriais de utilidade pública (como empresas de distribuição de água, eletricidade e gás), que teve um acréscimo de 15,3% nos salários, pagando em média R$ 657,71 durante o período, e o setor de indústria de transformação, em que os trabalhadores receberam R$ 534,78, representando o acréscimo de 9,3% no poder de compra. Na Região Metropolitana de Curitiba, onde o salário médio cresceu 2,4% em relação ao ano passado, o destaque é o setor de agropecuária, que pagou, para os admitidos neste ano, 11,7% mais que no ano passado. Em seguida ficaram os trabalhadores da área de serviços industriais de utilidade pública, que obtiveram salários 9,9% maiores que em igual período do ano passado. Os novos admitidos no setor de extrativismo mineral tiveram o terceiro melhor índice de aumento, chegando a 9,3% de acréscimo no salário. Estudo – O índice de 6,8% se aplica sobre a renda média das pessoas contratadas no primeiro semestre de 2005 já atualizada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), vinculada à Universidade de São Paulo (USP). O índice acumulado entre julho de 2005 a junho de 2006 foi de 1,86 %.