A belíssima e humanitária canção, cujo título encabeça meu artigo, reflete o sentimento que carrego comigo de forma angustiada desde os recentes trágicos acontecimentos, quando barbaramente um comando especial de tropas de elite do Estado de Israel atacou, sem dó ou piedade, ativistas da paz que transportavam numa frotilha de seis navios com ajuda humanitária aos palestinos sob estado de sítio na faixa de Gaza.
Nessas pequenas embarcações, havia toneladas de alimentos, medicamentos, cadeiras de rodas, cimento, enfim, gêneros de primeira necessidade para uma população que sofre os horrores de um bloqueio selvagem.
É bom recordar que, pelos acordos de Oslo, há 17 anos, o Estado de Israel comprometeu-se a permitir e estimular a construção de um porto em Gaza. Porto pelo qual os irmãos palestinos pudessem importar e exportar seus produtos e o que necessitassem comprar e vender para desenvolver sua economia.
O governo brasileiro e a maioria da comunidade internacional condenaram veementemente o ataque. Embaixadores israelenses estão sendo chamados pelos quatro cantos do mundo a darem explicações. O presidente Lula reiterou que não encontraremos solução na violência. O caminho da paz é o diálogo, a negociação.
Também por princípio sou contra a violência. Defendo uma cultura de paz.
”Como dar a outra face, se já fui machucado brutalmente?” Noutro trecho da bela canção, que também acima reproduzo, fico imaginando o sofrimento de mães, esposas, filhos e os sentimentos que dele advém.
Na minha Foz do Iguaçu, convivi em plenitude com os irmãos da Comunidade Árabe. Sei do altruísmo por eles praticado. Sei do desejo de paz que carregam consigo e aqui em nossa tríplice fronteira fica claro que é possível culturas, religiões e raças interagirem com respeito, solidariedade e humanismo.
O problema, o conflito palestino/israelense, está muito longe, aliás, não existe no caráter religioso como muitos oportunistas querem mostrar. Trata-se de uma questão política! Essencialmente política!Não vamos cair na esparrela dos que querem tergiversar, jogar fumaça na questão central.
Dentro do próprio Estado de Israel, aqui na comunidade israelense, ocorrem protestos e repúdios à violência grotesca e desnecessária praticada contra a população civil palestina. É possível a paz. Em meu convívio por longos anos com as comunidades diversas de Foz, percebi e hoje tenho claro que estabelecendo o diálogo, garantindo a liberdade, o respeito as diferenças, construímos o convívio fraterno.
”Que a guerra não me seja indiferente”. Especialmente em Foz, na Tríplice Fronteira, não podemos ficar indiferentes. Mais uma vez recorro à bela canção, que mais que uma simples canção, é um Hino ao sentimento humanitário. Não, não posso ficar indiferente. Solidarizo-me nessa ocasião, em triste circunstância, juntando-me ao lamento de dor de nossos irmãos palestinos, mas crendo e lutando pela paz.
Eu peço a Deus.
Tércio Albuquerque foi prefeito de Foz de Iguaçu, deputado estadual e atualmente é secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social
Nessas pequenas embarcações, havia toneladas de alimentos, medicamentos, cadeiras de rodas, cimento, enfim, gêneros de primeira necessidade para uma população que sofre os horrores de um bloqueio selvagem.
É bom recordar que, pelos acordos de Oslo, há 17 anos, o Estado de Israel comprometeu-se a permitir e estimular a construção de um porto em Gaza. Porto pelo qual os irmãos palestinos pudessem importar e exportar seus produtos e o que necessitassem comprar e vender para desenvolver sua economia.
O governo brasileiro e a maioria da comunidade internacional condenaram veementemente o ataque. Embaixadores israelenses estão sendo chamados pelos quatro cantos do mundo a darem explicações. O presidente Lula reiterou que não encontraremos solução na violência. O caminho da paz é o diálogo, a negociação.
Também por princípio sou contra a violência. Defendo uma cultura de paz.
”Como dar a outra face, se já fui machucado brutalmente?” Noutro trecho da bela canção, que também acima reproduzo, fico imaginando o sofrimento de mães, esposas, filhos e os sentimentos que dele advém.
Na minha Foz do Iguaçu, convivi em plenitude com os irmãos da Comunidade Árabe. Sei do altruísmo por eles praticado. Sei do desejo de paz que carregam consigo e aqui em nossa tríplice fronteira fica claro que é possível culturas, religiões e raças interagirem com respeito, solidariedade e humanismo.
O problema, o conflito palestino/israelense, está muito longe, aliás, não existe no caráter religioso como muitos oportunistas querem mostrar. Trata-se de uma questão política! Essencialmente política!Não vamos cair na esparrela dos que querem tergiversar, jogar fumaça na questão central.
Dentro do próprio Estado de Israel, aqui na comunidade israelense, ocorrem protestos e repúdios à violência grotesca e desnecessária praticada contra a população civil palestina. É possível a paz. Em meu convívio por longos anos com as comunidades diversas de Foz, percebi e hoje tenho claro que estabelecendo o diálogo, garantindo a liberdade, o respeito as diferenças, construímos o convívio fraterno.
”Que a guerra não me seja indiferente”. Especialmente em Foz, na Tríplice Fronteira, não podemos ficar indiferentes. Mais uma vez recorro à bela canção, que mais que uma simples canção, é um Hino ao sentimento humanitário. Não, não posso ficar indiferente. Solidarizo-me nessa ocasião, em triste circunstância, juntando-me ao lamento de dor de nossos irmãos palestinos, mas crendo e lutando pela paz.
Eu peço a Deus.
Tércio Albuquerque foi prefeito de Foz de Iguaçu, deputado estadual e atualmente é secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social