Roberto Gianola rege pela primeira vez Orquestra Sinfônica do Paraná

O concerto será neste domingo, às 10h30, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão)
Publicação
17/10/2008 - 15:20
Editoria
O maestro italiano Roberto Gianola rege neste domingo (19), às 10h30, a Orquestra Sinfônica do Paraná. O concerto será no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão) e tem no programa as obras Três momentos para violino e orquestra, de Alexandre Brasolim de Magalhães, com solo do violinista Paulo Torres; Sinfonia No. 07 (9), A Grande, em Do maior, de Franz Schubert e Sinfonia Nº 104, em Re maior, London, de Joseph Haydn. Gianola tem 34 anos e já possui um currículo intenso. Aos 24 concluiu seus estudos no Conservatório G.Verdi, de Milão. Ganhou vários concursos nacionais e internacionais o que lhe permitiu apresentar-se com grandes orquestras italianas realizando turnês na França, Alemanha, Tunísia, Marrocos, Holanda, Líbano, Egito, Síria, Jordânia. Neste ano regeu na Rússia, Venezuela, México e agora no Brasil, fazendo sua estréia com a Orquestra Sinfônica do Paraná. Para o próximo ano estão programados concertos em Praga, Istambul, Valência, Bucareste e Budapeste. Atualmente ele é diretor musical do Nuovo Teatro delle Erbe, em Milão. Na temporada de 2008 ele regeu as óperas La traviata, Il barbiere di Siviglia, La bohème, Cavalleria Rusticana, I pagliacci. Gianola é também diretor artístico da Orchestra della Província di Lecco (Itália) desde sua fundação, em 2000, com a qual rege 50 concertos por ano. Guairão – para o concerto deste domingo, Gianola escolheu a obra Três Momentos para violino e orquestra, do compositor e músico integrante da Orquestra Sinfônica do Paraná, Alexandre Brasolim de Magalhães. A música foi composta neste ano para o cinqüentenário da PUC-PR. Dividida em três partes - Festa, Canto e Dança - que se ligam entre si, a obra contém ritmos e melodias influenciadas pelo compositor Camargo Guarnieri. Na primeira parte, Festa, predomina o baião, com passagens virtuosas no violino solo, sempre baseado em escalas nordestinas. Em seguida ouve-se uma breve lembrança de Asa Branca, de Luiz Gonzaga. Em Canto, a cadência do violino imita um tocador de rabeca, calmo e sozinho no calor do sertão, uma vez acompanhado pelo naipe das cordas e depois pelas flautas e clarinetas imitando um conjunto regional de pífaros. Na parte central, um bloco de rua passa ao som de uma marcha-rancho. A última parte da música, Dança, começa o maracatu, de origem africana, dança típica do nordeste brasileiro, cheio de brilho, ritmo e cores. A Sinfonia Nº 7 (9) em Do maior, D 944, de Schubert é segunda do programa. Os manuscritos desta obra foram encontrados em 1838, em Viena, dez anos após a morte do compositor, por Robert Schumann, que a levou para Leipzig, onde foi apresentada e consagrada pela crítica. Schubert, compositor austríaco do fim da era clássica. Possuía um estilo marcante, inovador e poético. Escreveu cerca de 600 canções (o Lied alemão), óperas, sinfonias e sonatas. Faleceu jovem, aos 31 anos deixando inacabada várias composições. O concerto encerra com a Sinfonia 104 em Re maior, de Haydn, uma das mais belas do seu repertório. Haydn conclui sua última sinfonia com um tutti vibrante, demonstrando pelo resumo, que durante os 40 anos de trabalho árduo e apaixonante com a forma sinfônica, ele a tornou uma obra perfeita para o seu tempo. Franz Joseph Haydn nasceu em Rohrau, Baixa Áustria, a 31 de março de 1732, faleceu em 31 de maio de 1809. É considerado o iniciador de uma nova fase na história da música. Sua obra é imensa, abrangendo cerca de meio século de atividade. Embora tenha sido compositor essencialmente instrumental, sua produção compreende todos os gêneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. Ingressos antecipados custam R$20,00 (platéia) e R$10,00 (1º e 2º balcões). No dia do concerto os valores são de R$30,00 (platéia) e R$20,00 (1º e 2º balcões). Desconto de 50% para portadores do Cartão Teatro Guaíra e carteirinha do professor.

GALERIA DE IMAGENS