Revista “Ciência Hoje” publica matéria sobre projeto do Paraná

Parceria entre a Seti e o Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner permitiu a redução dos custos de produção de cateteres para quimioterapia em cerca de 60%.
Publicação
22/08/2007 - 10:08
Com o título “Poupando veias”, a revista “Ciência Hoje” deste mês publica reportagem sobre os cateteres para quimioterapia, projeto que recebeu R$ 500 mil da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Fundo Paraná. Os cateteres trazem maior conforto aos pacientes que fazem tratamento contra o câncer e poderão ser utilizados a partir deste ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e hospitais privados, uma vez que já receberam autorização da Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Medo e desconforto são sensações que sempre aparecem à vista de agulhas. Que o digam pessoas em tratamento contra o câncer, que constantemente precisam encarar seringas para receber medicamentos. A situação, no entanto, pode melhorar com a implantação de um kit de acesso vascular no organismo do paciente: reservatório e cateter levam substâncias à veia cava superior ou a braquiocefálica diretamente ao coração. As agulhas não foram abolidas do processo, mas as veias periféricas, como as do braço, são poupadas”, explica a revista. Fabricados em titânio e pesando apenas 20 gramas, os cateteres podem ser implantados em adultos e crianças, segundo o engenheiro mecânico do Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner (IBEG), Ricardo Teixeira. Com um desenho anatômico em forma de gota, os cateteres exigem incisões menores e podem ficar alojados no corpo humano até dois anos, ressalta ainda. “Essa tecnologia estará disponível ainda em 2007, a um preço bem inferior ao praticado pelo mercado”, informa Teixeira. Atualmente, no Brasil, esse tipo de material, importado, é encontrado por R$ 700,00 até R$ 2.000,00, dificultando o tratamento nas instituições públicas. Inicialmente, serão produzidos pelo IBEG cerca de mil kits contendo um reservatório em titânio, uma pequena mangueira em silicone e alguns instrumentos para cirurgia. Conforme ainda o engenheiro mecânico do IBEG, graças aos dois centros de usinagem adquiridos com recursos do Fundo Paraná, outros dois produtos estão em andamento e deverão estar concluídos neste ano. O objetivo é utilizar próteses e “fixadores” externos em cirurgias ortopédicas, em hospitais do Paraná com grande demanda de atendimento nessa área. O projeto “Desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias para elevar a qualidade do processo produtivo de materiais biomédicos”, foi apresentado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 2004, pela Liga Paranaense de Combate ao Câncer, mantenedora do Hospital Erasto Gaertner, IBEG e Rede Feminina de Combate ao Câncer. Além dos centros de usinagem adquiridos com recursos do Fundo Paraná, para fabricação dos catéteres, o IBEG também pôde readequar as suas instalações físicas com base nas normas exigidas pela ANVISA.

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