A constituição de uma equipe de pesquisas permanentes junto às universidades foi o principal objetivo da reunião realizada nesta sexta-feira (20), no auditório da Secretaria de Estado da Educação, em Curitiba. O encontro, organizado pelo Departamento da Diversidade (Dedi), discutiu as políticas públicas da educação do campo no Paraná e reuniu diversas instituições de ensino superior e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Segundo Wagner Roberto do Amaral, chefe do Dedi, a meta é constituir uma rede permanente de pesquisadores em instituições públicas de ensino superior voltadas à educação do campo. Wagner salientou que o espaço é uma oportunidade para troca de experiências e informações entre os participantes. “Esta reunião é um momento para que as universidades conheçam o trabalho que cada uma está realizando, além de também apresentar e debater a política pública da Secretaria de Educação para o campo, visando à articulação de ações conjuntas”, destacou.
O chefe do Departamento da Diversidade ainda lembrou que a reunião permitiu avaliar as experiências realizadas pelas universidades em relação à educação do campo e os impactos que estas vêm trazendo para os profissionais da rede estadual de educação que atuam nas escolas estaduais do campo. “A reunião também teve a intenção de propor que os cursos de formação continuada, bem como os de formação inicial das licenciaturas e pedagogias em educação do campo, preparem os profissionais que irão atuar nas escolas estaduais do campo”, definiu Wagner.
Para Joaquim Gonçalves Costa, coordenador do Comitê Estadual de Educação do Campo, a reunião tornou possível a definição de ações que serão tomadas mais à frente. “Além de trazer esse diálogo para verificar o que acontece em cada instituição, avanços e limites, a reunião possibilitou criar estratégias a curto, médio e longo para buscar uma melhor qualidade na educação do campo”, disse.
O coordenador lembrou do papel da Secretaria na construção da sua política pública de educação do campo. “A grande marca da Secretaria foi ouvir universidades e movimentos sociais, o que efetivou políticas que são de acordo com a realidade e a necessidade destes sujeitos do campo”, explicou.
INTEGRAÇÃO – Kiyomi Hirose, professora do Departamento de Teoria e Prática de Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), afirmou que esta aproximação entre o ensino superior e educação básica já deveria ter ocorrido há mais tempo. “As universidades foram resistentes a esta aproximação, mas este é um caminho previsto inclusive pela LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação”, lembrou.
Ela ainda comentou que esta gestão da SEED garantiu direitos à população do campo ao transformar programas em políticas públicas e ainda há muito por fazer. “Este apoio às escolas do campo é necessária, e pelas estatísticas que a Secretaria vem levantando, a educação do campo é muito grande continuar na invisibilidade”, explicou a professora ao lembrar que é histórica a exclusão do trabalhador do campo, sem receber garantias de direitos básicos como a educação.
Estiveram presentes representantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), setor Litoral da UFPR, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), polos de Foz do Iguaçu e de Cascavel da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa), setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e Comitê Estadual de Educação do Campo.
AVANÇOS – Desde 2003 o Governo do Paraná levou melhorias às escolas do campo que beneficiaram milhares de estudantes. Em 2003 foi implantada a Coordenação da Educação do Campo para implementar ações voltadas às escolas do campo, escola itinerante (em parceria com o MST), escolas das ilhas, escolas das comunidades quilombolas e as escolas da rede estadual de educação que se localizam nos patrimônios, vilas e distritos rurais.
Em 2000, existiam 318 estabelecimentos públicos estaduais nas zonas rurais do Paraná. Em 2009, são 584 escolas públicas estaduais do campo que incluem unidades em ilhas, acampamentos, quilombos e itinerantes – que acompanham o deslocamento de famílias sem-terra, garantindo a educação de crianças, jovens e adultos.
No ensino médio, a mudança é ainda mais significativa, com um aumento de 420% no número de escolas rurais estaduais. Em 2000, eram 30 escolas do campo. Já em 2008, havia 156 escolas de ensino médio. O aumento do número de estudantes também é expressivo, de 3,3 mil para 15,3 mil alunos matriculados no ensino médio em escolas do campo. O ensino fundamental registrou quase 50 mil matrículas nesse período.
PRIORIDADE – O Governo do Paraná assumiu a educação do campo como prioridade, permitindo que costumes e saberes locais se agreguem à formação oferecida ao estudante. Foram elaborados materiais pedagógicos específicos com a colaboração dos professores e com propostas específicas para a educação no campo, sua realidade, cultura e tradição. Além do investimento em infraestrutura, há a formação continuada de pedagogos e professores que atuam nas escolas do campo, elaboração de material didático específico e produção de material de apoio para orientação às escolas do campo.
DESAFIO – Reduzir o fechamento de escolas municipais do campo é um dos desafios da Secretaria da Educação. Em 2000 havia 2.725 estabelecimentos públicos municipais de educação rural. Este número diminuiu para 1.332 estabelecimentos em 2008, uma índice significativo de redução que chega a 48,8%.
Segundo Wagner Roberto do Amaral, chefe do Dedi, a meta é constituir uma rede permanente de pesquisadores em instituições públicas de ensino superior voltadas à educação do campo. Wagner salientou que o espaço é uma oportunidade para troca de experiências e informações entre os participantes. “Esta reunião é um momento para que as universidades conheçam o trabalho que cada uma está realizando, além de também apresentar e debater a política pública da Secretaria de Educação para o campo, visando à articulação de ações conjuntas”, destacou.
O chefe do Departamento da Diversidade ainda lembrou que a reunião permitiu avaliar as experiências realizadas pelas universidades em relação à educação do campo e os impactos que estas vêm trazendo para os profissionais da rede estadual de educação que atuam nas escolas estaduais do campo. “A reunião também teve a intenção de propor que os cursos de formação continuada, bem como os de formação inicial das licenciaturas e pedagogias em educação do campo, preparem os profissionais que irão atuar nas escolas estaduais do campo”, definiu Wagner.
Para Joaquim Gonçalves Costa, coordenador do Comitê Estadual de Educação do Campo, a reunião tornou possível a definição de ações que serão tomadas mais à frente. “Além de trazer esse diálogo para verificar o que acontece em cada instituição, avanços e limites, a reunião possibilitou criar estratégias a curto, médio e longo para buscar uma melhor qualidade na educação do campo”, disse.
O coordenador lembrou do papel da Secretaria na construção da sua política pública de educação do campo. “A grande marca da Secretaria foi ouvir universidades e movimentos sociais, o que efetivou políticas que são de acordo com a realidade e a necessidade destes sujeitos do campo”, explicou.
INTEGRAÇÃO – Kiyomi Hirose, professora do Departamento de Teoria e Prática de Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), afirmou que esta aproximação entre o ensino superior e educação básica já deveria ter ocorrido há mais tempo. “As universidades foram resistentes a esta aproximação, mas este é um caminho previsto inclusive pela LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação”, lembrou.
Ela ainda comentou que esta gestão da SEED garantiu direitos à população do campo ao transformar programas em políticas públicas e ainda há muito por fazer. “Este apoio às escolas do campo é necessária, e pelas estatísticas que a Secretaria vem levantando, a educação do campo é muito grande continuar na invisibilidade”, explicou a professora ao lembrar que é histórica a exclusão do trabalhador do campo, sem receber garantias de direitos básicos como a educação.
Estiveram presentes representantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), setor Litoral da UFPR, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), polos de Foz do Iguaçu e de Cascavel da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa), setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e Comitê Estadual de Educação do Campo.
AVANÇOS – Desde 2003 o Governo do Paraná levou melhorias às escolas do campo que beneficiaram milhares de estudantes. Em 2003 foi implantada a Coordenação da Educação do Campo para implementar ações voltadas às escolas do campo, escola itinerante (em parceria com o MST), escolas das ilhas, escolas das comunidades quilombolas e as escolas da rede estadual de educação que se localizam nos patrimônios, vilas e distritos rurais.
Em 2000, existiam 318 estabelecimentos públicos estaduais nas zonas rurais do Paraná. Em 2009, são 584 escolas públicas estaduais do campo que incluem unidades em ilhas, acampamentos, quilombos e itinerantes – que acompanham o deslocamento de famílias sem-terra, garantindo a educação de crianças, jovens e adultos.
No ensino médio, a mudança é ainda mais significativa, com um aumento de 420% no número de escolas rurais estaduais. Em 2000, eram 30 escolas do campo. Já em 2008, havia 156 escolas de ensino médio. O aumento do número de estudantes também é expressivo, de 3,3 mil para 15,3 mil alunos matriculados no ensino médio em escolas do campo. O ensino fundamental registrou quase 50 mil matrículas nesse período.
PRIORIDADE – O Governo do Paraná assumiu a educação do campo como prioridade, permitindo que costumes e saberes locais se agreguem à formação oferecida ao estudante. Foram elaborados materiais pedagógicos específicos com a colaboração dos professores e com propostas específicas para a educação no campo, sua realidade, cultura e tradição. Além do investimento em infraestrutura, há a formação continuada de pedagogos e professores que atuam nas escolas do campo, elaboração de material didático específico e produção de material de apoio para orientação às escolas do campo.
DESAFIO – Reduzir o fechamento de escolas municipais do campo é um dos desafios da Secretaria da Educação. Em 2000 havia 2.725 estabelecimentos públicos municipais de educação rural. Este número diminuiu para 1.332 estabelecimentos em 2008, uma índice significativo de redução que chega a 48,8%.