Uma comissão de representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra se reuniu com o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann, para reivindicar recursos para projetos de capacitação técnica na área agrícola. Segundo Padre Roque alguns projetos poderão ser executados a curto prazo, mas ainda não há recursos suficientes para subsidiar todos os pedidos.
Os cursos profissionalizantes e de qualificação são realizados pela Secretaria do Trabalho com recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). Este ano o governo federal ainda não liberou recursos desse fundo para os estados.
Durante a reunião, os integrantes do MST puderam conhecer os membros da Comissão Especial de Mediação das Questões da Terra. A comissão é composta por Célia Regina Milano, da Secretaria de Segurança Pública, Dom Ladislaw Biernaski, da Comissão Pastoral da Terra e o major Mauro Pirolo, da Polícia Militar.
O governador do Estado, Roberto Requião, criou a comissão com o objetivo de encaminhar as reivindicações do MST de forma pacífica e servir de mediadora entre os sem-terra e os proprietários de terra. A intenção é evitar conflitos violentos no campo e nas invasões de terra em áreas urbanas. “A nossa missão é evitar conflitos e que a Reforma Agrária se realize de fato”, explicou Dom Ladislaw.
O major Pirolo ressaltou a importância da permanência das famílias no campo. “Não queremos que vocês (trabalhadores) venham para a cidade grande abarrotar favelas e viver sem condições de sobrevivência”, finalizou.