Reunião define participação da UEM e UEL no projeto do Trem Pé-Vermelho

“Com o ingresso da UEL e da UEM no projeto estamos dando um passo fundamental para o êxito, pelo que estas universidades aportam em qualificação técnica e credibilidade”, afirmou o coordenado do grupo de trabalho em defesa da reativação da linha de passageiros, Samuel Gomes
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13/04/2010 - 19:00
Editoria
A participação das universidades estaduais de Londrina (UEL) e de Maringá (UEL) no projeto do Trem Pé-Vermelho foi definida nesta terça-feira (13) em reunião realizada na Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “O próximo passo será a formalização dessa parceria”, adiantou Samuel Gomes, coordenador do grupo de trabalho do Trem Pé-Vermelho.
“Com o ingresso da UEL e da UEM no projeto do Trem Pé Vermelho estamos dando um passo fundamental para o seu êxito, pelo que estas universidades aportam em termos de qualificação técnica, credibilidade acadêmica e profundo enraizamento cultural com as populações das regiões Norte e Noroeste do Paraná. O Trem Pé-Vermelho está a partir de hoje mais forte”, afirmou Gomes.
UNIVERSIDADES - Participaram da reunião o secretário, Jairo Queiroz Pacheco, e os reitores das universidades estaduais de Maringá (UEM), Décio Sperandio, e de Londrina (UEL), César Caggiano, e também o coordenador Rodolfo Philippi do Labtrans – Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina, órgão que coordena os estudos de viabilidade do projeto do Trem Pé-Vermelho e do trem da Serra Gaúcha, além do coordenador da Comem, Coordenadoria da região metropolitana de Maringá, Renato Cardoso Machado.
O objetivo da parceria, numa primeira etapa, é cadastrar e treinar estudantes universitários, através das universidades estaduais, para realizar a pesquisa de campo que vai determinar a demanda de passageiros do transporte ferroviário no eixo Londrina-Maringá, como parte do estudo de viabilidade do Trem Pé-Vermelho. Cerca de 40 mil pessoas devem ser pesquisadas nos 13 municípios que serão unidos pelo Trem Pé-Vermelho.
Os estudos de viabilidade serão realizados com recursos de R$ 800 mil que foram repassados pelo Ministério dos Transportes, sendo metade desse valor para o estudo de viabilidade do Trem Pé-Vermelho.
Segundo o secretário Jairo Pacheco, “o potencial das universidades avançarem nesse tipo de parceria é muito grande. Essa pesquisa é apenas o primeiro passo e nossa função é fazer essa aproximação porque temos a experiência de muitas parcerias semelhantes”.
De acordo com Rodolfo Philippi, do Labtrans (UFSC), que também coordena o projeto do trem de passageiros no Rio Grande do Sul, a pesquisa será realizada em primeiro lugar na região da Serra Gaúcha, “por ser um universo menor”, sendo que as providências estão “no caminho” de cumprir os prazos de entregar os resultados do estudo no Rio Grande do Sul e no Paraná para o Ministério dos Transportes em 11 de julho próximo. Phililippi disse que o Labtrans está concluindo o modelo de contratação dos estudantes para repassar às universidades estaduais paranaenses.
O reitor da UEM, Décio Sperandio, disse que a universidade “vai se envolver primeiro na pesquisa de campo”, mas, adianta ainda que a instituição “tem o capital humano e científico necessário para o projeto. Vale a pena o envolvimento do segmento universitário no estudo”, disse ele.
O coordenador da Comem, Renato Cardoso Machado, considera a parceria e os projetos de implantação de um trem regional entre Maringá e Londrina “extremamente importantes para as cidades e para a integração do trecho metropolitano como um todo”.
Os projetos do Paraná e do Rio Grande do Sul foram selecionados através do Programa de Resgate do Transporte Ferroviário de Passageiros do governo federal voltado para a reativação dos trens regionais de passageiros no país e receberam, respectivamente, recursos de R$ 400 mil para dar início aos estudos de viabilidade, que foram repassados por intermédio do Ministério dos Transportes, com a interveniência do Ministério das Cidades. Durante reunião do diretor do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, durante reunião em Maringá, disse que “não existe óbice nem impedimento para a implantação do trem regional entre Londrina e Maringá”.
Participaram também da reunião desta terça-feira, na Secretária da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Jackeline Corrêa Veneza, coordenadora de Ciência e Tecnologia da secretaria, e Tiago Just Milanez, do Labrans.

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