O governador Roberto Requião voltou a destacar a importância da retomada da Ferroeste para o equilíbrio dos preços do transporte da produção da região Oeste do Paraná. “O Paraná recuperou a Ferroeste que havia sido doada pelo governo que me antecedeu para uma empresa (Ferropar) que não pagou ao Estado neste período todo (últimos 10 anos) um real do aluguel”, destacou Requião na posse dos sete novos secretários de Estado nesta segunda-feira (12) no Palácio Iguaçu, em Curitiba.
“Tive que entrar na justiça com uma ação para o reequilíbrio do contrato (de subconcessão da ferrovia). Reequilíbrio do preço sem conseguir receber. Eles (Ferropar) receberam um sim do estado para operar a estrada - uma estrada feita pelo Governo do Paraná em parceria do Exército Brasileiro. A mais barata da história do país e destinada a melhorar o rumo dos agricultores do Oeste do Paraná baixando o frete”, completou.
A Ferroeste foi construída de 1991 a 1994, no primeiro governo de Requião, em parceria de dois batalhões do Exército brasileiro ao custo de US$ 363 milhões – recursos exclusivos do Estado. A linha férrea possui 248 quilômetros que ligam Cascavel à Guarapuava (Oeste ao Centro Oeste do Paraná).
A subconcessão de uso foi a leilão no final de 1996, tendo como única participante a Transferro – Ferrovia do Paraná, que venceu a licitação pela oferta mínima de R$ 25,6 milhões. O que era para ser uma solução se transformou numa arapuca aos agricultores do Oeste. “Os preços dos fretes altíssimos só serviam às multinacionais em grandes contratos, deixando todos os produtores independentes absolutamente de lado”, apontou Requião.
O governador disse ainda que os preços dos fretes praticados pela Ferropar tinham como a referência o pedágio cobrado na BR-277. “Não o custo real, não o compromisso assumido inclusive no famoso leilão de uma empresa só, pelo qual se tornaram administradores da Ferroeste, mas reduziram um pouco, não mais que um pouco o preço do pedágio rodoviário”.
A administração da ferrovia retornou ao Estado no final do ano passado, depois da justiça decretar a falência do grupo privado em função das dívidas acumuladas com a Ferroeste. “Nós estamos no bom caminho e esta retomada da Ferroeste será especial para o apoio à agricultura de qualquer porte do Paraná”, disse Requião.
Pedágio – Requião também voltou condenar o preço dos pedágios cobrados nas estradas federais no Paraná. O governador disse que são “rigorosamente” absurdos. “Nós que já pagamos a Cide (contribuição sobre combustíveis), o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) já pagamos a taxa do departamento de trânsito, construímos as estradas e temos que pagar pedágio para grupos econômicos que nada mais querem que aumentar seus lucros?”, questionou
“E de repente quando a gente dá uma parada num processo eles vêm e dizem: o Estado está nervoso. Nervosos estamos nós, da produção, da agricultura, das indústrias que vem a elevação dos nossos preços por pedágios absurdos”, concluiu.
Retomada da Ferroeste busca equilíbrio no transporte da produção do Oeste
“O Paraná recuperou a Ferroeste que havia sido doada pelo governo que me antecedeu para a Ferropar que não pagou ao Estado neste período todo (últimos 10 anos) um real do aluguel”, disse o governador Roberto Requião
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12/02/2007 - 19:09
12/02/2007 - 19:09
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