O governador Roberto Requião defendeu nesta segunda-feira (1º), no seminário “Quatro motores para o Mercosul – Quatro motores para a Europa”, em Foz do Iguaçu, o caminho que o Paraná e o Brasil estão seguindo de avançar na construção de relações internacionais diversificadas. Requião ressaltou que as relações multipolares são importante resistência às imposições da ideologia e das práticas neoliberais, tais como submissão ao mercado financeiro, precarização do trabalho e dependência das exportações de produtos primários.
O encontro reúne representantes de províncias, estados e regiões dos países que formam o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e de países da União Europeia (Espanha, França, Alemanha e Itália). “Essa é uma reunião de resistência. Vai na contramão do que ainda pregam os economistas clássicos, que insistem no neoliberalismo, o qual privilegia o 'capital vadio', aquele que não produz um botão, que vagueia pelas bolsas, num jogo de ganância interminável”, disse Requião.
Mostra desse caminho rumo à multipolarização das relações internacionais do país é o resultado da balança comercial brasileira, exemplificou o governador. Os Estados Unidos, lembrou Requião, deixaram de ser o principal parceiro comercial do Brasil – o posto passou a ser ocupado pela China. O governador ressalvou, no entanto, que essa relação comercial ainda é sustentada por produtos primários – os chineses compram do Brasil sobretudo minérios e grãos.
BANCO CENTRAL - Na avaliação de Requião, o Brasil ainda não se livrou plenamente das práticas neoliberais. “Tivemos a liberalização da economia com os governos de [Fernando] Collor e Fernando Henrique [Cardoso]. Paradoxalmente, isso não se encerra no governo do presidente Lula. O Brasil ainda entrega seu Banco Central a um ex-presidente da associação internacional dos bancos, do Bank Boston”, citou, referindo-se ao titular do BC, Henrique Meirelles.
“O Paraná está avançando na multipolarização das relações. A multipolarização garante a pacificidade do globo, a reorganização da economia para uma forma diversa, justa”, assinalou Requião que, depois do evento, em entrevista à imprensa, frisou que as relações internacionais como as trabalhadas pelo Mercosul e União Europeia não devem se restringir a trocas comerciais, mas ocorrer também na cultura, educação e tecnologia.
Requião quer relações multipolares como resistência ao neoliberalismo
O governador Roberto Requião defendeu nesta segunda-feira (1º), no seminário “Quatro motores para o Mercosul – Quatro motores para a Europa”, em Foz do Iguaçu, o caminho que o Paraná e o Brasil estão seguindo de avançar na construção de relações internacionais diversificadas
Publicação
01/02/2010 - 15:50
01/02/2010 - 15:50
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