Requião participa da posse do presidente Lula em Brasília

“Vim porque gosto do Lula, sou amigo dele e tenho esperanças de que este governo aprofunde as coisas boas do governo passado”, afirmou o governador do Paraná
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01/01/2007 - 21:02
Editoria
O governador Roberto Requião fez questão de participar da solenidade de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segunda-feira (01) no Palácio do Planalto, em Brasília. Entre os 27 governadores, apenas seis estiveram na cerimônia. Requião disse que o esvaziamento da solenidade foi produto das circunstâncias e não da falta de prestígio presidencial. “Eu mesmo tive de interromper os cumprimentos na cerimônia de minha posse no Paraná, para chegar a tempo”, afirmou. “Vim porque gosto do Lula, sou amigo dele e tenho esperanças de que este governo aprofunde as coisas boas do governo passado”, afirmou o governador do Paraná. “Não entro nesta de que o Brasil não cresceu nos últimos quatro anos”, observou. Requião lembrou que um número grande de pessoas passou a receber salário nos últimos anos e disse que houve um crescimento real da renda das famílias mais pobres. “O problema é que também cresceu a renda dos banqueiros e dos rentistas, aqueles que vivem da renda das aplicações financeiras”, completou. Banestado - O governador também avaliou a compra do Banco do Estado do Paraná (Banestado) pelo Banco Itaú. Requião disse que o produto final da operação para o Paraná é um prejuízo mensal de R$ 17 milhões. “Estão nos tomando R$ 17 milhões por mês em multas, por inadimplência”, reclamou. “Não quero favores, quero Justiça do governo federal”, emendou ao apontar a "resistência absurda" que está encontrando na área econômica do governo para solucionar o problema. Ele lembra que o Itaú comprou o Banestado por R$ 1,4 bilhão e ganhou R$ 1,8 bilhão em créditos tributários. A dificuldade, explicou, é que o contrato obriga o Banco do Estado do Paraná, e não o Itaú, a cobrar os títulos vencidos que foram emitidos inclusive por prefeituras e governos estaduais, com conhecimento do Banco Central. “O Banco Central nos multa e diz que somos inadimplentes, o que não é verdade. Há um ano falo sobre isto com Lula, mas a Secretaria Nacional do Tesouro é um cartório de cobrança do Banco Itaú”, afirmou. Segundo ele, o presidente Lula já mandou resolver o problema, mas que há resistências. “Há uma certa tibieza e subserviência da máquina ao sistema bancário contra a vontade do presidente e dos ministros, que espero que se resolva neste segundo governo Lula", finalizou.

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