Requião lança Patrulha Escolar Comunitária em Curitiba e Londrina

O programa prevê a avaliação do ambiente escolar e a formulação de um plano de segurança específico para cada escola
Publicação
17/02/2004 - 00:00
O governador Roberto Requião lançou nesta terça-feira (17) a Patrulha Escolar Comunitária, da Polícia Militar, em Londrina e Curitiba. Esse novo sistema amplia o atendimento dado pela Patrulha Escolar tradicional e transforma o policial em um consultor de segurança para estudantes e professores. “A escola deve ser o espaço de crescimento para professores e alunos, sem estar sujeita à violência”, declarou o governador. “Esses policiais são companheiros de vocês, dos seus pais e dos professores”, afirmou Requião, para os alunos que acompanharam o lançamento do programa, nas duas cidades. A nova patrulha escolar está sendo implantada com o conceito que favorece a integração do policial com a comunidade escolar e os pais dos alunos. “A patrulha tradicional se limitava a fazer rondas e atender ocorrências, hoje procuramos trabalhar juntos com a comunidade”, comparou o secretário-chefe da Casa Militar, major Anselmo José de Oliveira, responsável pelo projeto. “Cada patrulheiro se torna um consultor para atender alunos, professores, diretores e pais”, completou. Para o secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari, a patrulha escolar é mais uma ação para fortalecer a estratégia de policiamento comunitário. “Aliado ao projeto ‘Povo’, este também representa mudança ideológica implantada pela Secretaria da Segurança, que tem realizado ações com a participação direta da população”, afirmou. Treinamento – Os 135 policiais encarregados do novo patrulhamento passaram por treinamento especial e estão aptos a desenvolver uma estratégia diferenciada para cada escola englobada em sua ronda. O trabalho começa pela estrutura física do prédio, para que seja verificado, por exemplo, a necessidade de muros e a melhor disposição da sala do diretor e coordenadores para que eles possam observar o cotidiano da escola. Em seguida, o policial identifica, com pais e professores, os principais problemas relacionados à segurança e as soluções, encontradas em conjunto, são colocadas em prática. Tudo é registrado para que o processo não seja interrompido, quando houver mudança de gestão na escola. “Nada é imposto pela patrulha, todas as ações são discutidas e avaliadas em conjunto”, destaca Anselmo. “Investimos em treinamento, em estudos, e apostamos nesta parceria para buscar uma sociedade menos violenta”, disse o comandante-geral da Polícia Militar, coronel David Antônio Pancotti. Lançamento – Em Curitiba, o lançamento da Polícia Escolar Comunitária, ocorreu à tarde em frente ao Palácio Iguaçu com a participação de alunos do Colégio Estadual do Paraná e da banda da Polícia Militar. Estiveram presentes também o vice-governador e secretário da Agricultura e Abastecimento, Orlando Pessuti, secretários de Estado, deputados e vereadores. Pela manhã, Requião lançou o programa em Londrina e entregou, simbolicamente, as chaves de seis viaturas que participam da nova patrulha escolar ao prefeito Nedson Micheleti . A solenidade foi realizada na Escola Estadual Professor Vicente Rijo, no centro da cidade. “Estamos satisfeitos com os investimentos em segurança feitos pelo governo. Hoje, a população sente a presença da polícia”, declarou Micheleti. Para atender a capital e região metropolitana foram entregues 30 viaturas. O 17.º Batalhão da PM, responsável pelos municípios da RM, vão dispor de 13 carros para a Patrulha Escolar Comunitária, e os batalhões de Curitiba, 17. A divisão foi feito com base no número de estabelecimentos de ensino de cada área de atendimento. Economia – A Patrulha Escolar Comunitária começa a usar veículos Gol com novas características. No lugar das cores cinza e amarelo entram em cena viaturas brancas, com a identificação da corporação em adesivo. A principal vantagem verificada é o custo. A economia chega a quase 90%, já que para fazer e colocar o adesivo de identificação em uma viatura branca são necessários R$ 390,00, contra os R$ 3.500,00 para a pintura da lataria. Conforme o tenente-coronel José Antônio Fernandes, chefe da 4ª seção da PM, responsável pela logística. Os carros que são usados como viaturas pela PM vem originalmente na cor branca e são pintados posteriormente. Além de caro, este procedimento é demorado. São pelo menos quatro dias para o carro ficar pronto. A confecção e aplicação do adesivo ficam prontas em menos de quatro horas. Os policiais militares da Patrulha Escolar Comunitária, que já estão atuando em Curitiba e Londrina a partir desta semana, são os primeiros a trabalhar com as viaturas brancas. A partir de agora, as próximas adquiridas pelo governo para a PM já terão as mesmas características, mudando apenas a inscrição na porta com o nome da respectiva unidade operacional ou projeto.