Requião destaca desenvolvimento do Paraná e defende políticas sociais

Governador faz seu pronunciamento de fim de ano aos paranaenses e aponta desafios para o próximo ano
Publicação
18/12/2009 - 14:00
Editoria
Em seu pronunciamento de fim de ano realizado, nesta sexta-feira (18), no Palácio das Araucárias, o governador Roberto Requião lembrou as realizações do Governo do Estado que colocaram o Paraná em posição de destaque em 2009. Os resultados alcançados, conforme o governador, foram fruto de políticas sociais consistentes, como a reforma tributária, o programa Luz Fraterna, que isenta famílias pobres de pagamento da conta luz, e a Tarifa Social da Sanepar, pela qual os inscritos pagam valores baixos pelos serviços de água e esgoto. Requião registrou que foram essas políticas, baseadas na Carta de Puebla, que promoveram o desenvolvimento econômico e com opção pelos mais pobres. Ele destacou a importância em promover um amplo debate por todo país no ano que vem. Para o governador, no ano da disputa presidencial, o Brasil precisa fazer uma opção entre ser “um mercado à disposição do capital especulativo” ou país com um projeto de nação “baseada no trabalho, no amor e na solidariedade”. Leia a íntegra do pronunciamento: Pronunciamento do governador Roberto Requião “Vai chegando ao fim o ano de 2009. E nós, paranaenses e brasileiros, vamos entrar no 2010. Neste ano que se encerra, aqui no Paraná, nós nos destacamos. Eliminamos impostos de pequenas e microempresas, aumentamos o salário do trabalhador com o salário mínimo regional, demos energia de graça para os mais pobres, tarifa social de água para as famílias carentes e assim vamos terminando o ano de 2009. E entrando em 2010. Em 2009, no Paraná, cumprimos com a nossa obrigação. As políticas sociais foram fortes. A reforma tributária tirando o imposto de mais de 95 mil itens, que são os itens comprados pelo trabalhador, o leite das crianças, o programa da água com tarifa social, a energia gratuita para os mais pobres e um crescimento econômico impressionante. Valeu a pena. Foi a política da carta de Puebla. A opção preferencial pelos pobres. Porque afinal de contas se nós não cuidarmos dos mais fracos e dos mais pobres, nem sequer tranquilidade nós vamos ter. Entramos em 2010. O ano da disputa presidencial. É importante que um grande debate se estabeleça no Brasil. Afinal, o que somos nós, uma nação ou um mercado? Um mercado à disposição dos especuladores e exploradores do mundo inteiro, onde só prevalece o desejo do lucro e da ganância? Ou somos uma nação construída ao longo do tempo com o suor e sangue dos brasileiros? Com o território consolidado por um processo cultural que se transforma num processo civilizatório. Uma nação com compromisso com as pessoas. Não com a ganância e com o mercado. Uma nação que leva em consideração o amor e a solidariedade. Amor e solidariedade são o cimento do nosso processo civilizatório como o nosso processo brasileiro. Meus irmãos, este debate tem que se estabelecer. Há no Brasil de hoje um confronto entre o mercado, o lucro e a ganância, representados pelo capital vadio que não produz um botão, uma roupa, um sapato, uma peça de uma máquina e que ganha mais do que o investimento industrial. E do outro lado o trabalho, que não pode ser aviltado, precarizado e o capital produtivo que investido gera bens e gera empregos. Este deve ser o debate na disputa presidencial deste ano. Não nos iludamos com fotografias de pessoas bonitas e de candidatos falando na frente daquela máquina que se chama teleprompter, onde especialistas em propaganda escrevem e os candidatos lêem, sem saber exatamente o que estão falando. Jogo Limpo. Jogo Aberto. O Brasil precisa prevalecer. É o que eu espero para todos nós neste 2010. Debate franco e aberto. E uma escolha, afinal, de um candidato a presidente que represente o povo brasileiro. Não o mercado e o capital financeiro. Por isso, meus irmãos, um feliz 2010 e um próspero ano novo para todos nós.”

GALERIA DE IMAGENS