Requião defende em Brasília novo programa para desenvolver o País

Foi nesta terça-feira (1) durante o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República para as eleições de 2010
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01/12/2009 - 21:00
Editoria
O governador Roberto Requião defendeu nesta terça-feira (1), em Brasília, um novo projeto de desenvolvimento para o Brasil. Requião salientou que está determinado a trabalhar para um projeto político, econômico e social para o País e para a recuperação da identidade programática do PMDB. A afirmação foi feita durante o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República para as eleições de 2010. “Eu fui instado por um grupo de pessoas que representa o velho MDB a aceitar essa tarefa e me dispus a participar mais uma vez como candidato, pois não podemos aceitar mais coligações que se façam em torno de acordos que levem em consideração uma diretoria de estatal, um ministério, emprego ou favores, e desconsiderem a seriedade de se discutir um programa para o País”, afirmou o governador para um plenário cheio, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. O encontro foi conduzido pelo presidente de honra do PMDB, Paes de Andrade, e os presidentes dos diretórios do partido no Rio Grande do Sul, senador Pedro Simon; de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira; e do Paraná, deputado estadual Waldyr Pugliesi. Parlamentares das bancadas federal e estadual, deputados e prefeitos e lideranças partidárias de outros Estados participaram do evento. Requião disse que sua decisão não é motivada por projeto pessoal. Segundo ele, há, sim, um natural exercício da militância dentro do PMDB para estruturação de um programa de governo para o País e depois, se possível, uma candidatura própria. “Estamos simplesmente pedindo à Executiva Nacional do partido um espaço para discutir um programa sério que o Brasil necessita”, disse Requião, lembrando que hoje há uma grande contraposição entre o compromisso de solidariedade com os povos e a “ganância” do mercado. “Nós não estamos lançando um movimento que se contraponha à política social do governo Lula, mas estamos dizendo apenas que essa subordinação ao capital estrangeiro não tem sentido”, sustentou. O governador elogiou as ações do governo Lula em sua primeira fase, voltadas para políticas sociais e com um compromisso claro com as classes populares. “Mas isso foi só no começo, hoje há uma predominância do capital financeiro sobre o capital social e o neoliberalismo quer transformar o Brasil numa China com menos habitantes”, criticou ele, ao ressaltar que “País algum pode se desenvolver com dinheiro dos outros”. Indagado por jornalistas sobre propostas que constariam de seu programa para o País, o governador afirmou que são necessárias medidas urgentes e fundamentais para evitar o que ocorre com outras economias mundiais, a exemplo dos Estados Unidos, onde há uma clara prevalência dos interesses do mercado sobre os do Estado. “Em curtíssimo prazo, precisamos de aumento de salários para manter a economia, redução de impostos, contenção do dólar, que não pode ficar solto segurando o real, criação de uma moeda sul-americana para valorizar nosso mercado”, enumerou. Defendeu ainda um forte programa agrícola e industrial para o País. Antes do ato na CCJ, a Carta de Curitiba assinada no último dia 21 por lideranças peemedebistas e 15 diretórios regionais do partido, em apoio à candidatura do governador Requião para a Presidência da República, foi entregue à direção nacional do PMDB. O documento foi fruto de um movimento pela candidatura própria, com o apoio de 550 partidários.

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