Requião abre mostra Autocromos Lumière – O Tempo da Cor

“Os irmãos Lumière não se limitaram ao cinema e à fotografia. Existe uma pluralidade fantástica em suas criações, e o Brasil vai poder conhecer em primeira-mão”, disse
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19/05/2009 - 23:00
Editoria
O governador Roberto Requião ressaltou na noite de terça-feira (19), na abertura da mostra “Autocromos Lumière – O Tempo da Cor”, no Museu Oscar Niemeyer, a importância da multilateralidade de ações para o Brasil. “É muito importante que esta exposição se dê no âmbito do Ano da França no Brasil. No momento procuramos a multilateralidade do Brasil no mundo. A França deixou muitas marcas em nossa historia. Todas as informações civilizatorias são muito importantes nesta exposição”, afirmou Requião. A exposição traz pela primeira vez à América Latina, 70 imagens oriundas dos autocromos criados pelos irmãos August e Louis Lumière. “Os irmãos Lumière não se limitaram ao cinema e a fotografia. Existe uma pluralidade fantástica em suas criações, e o Brasil vai poder conhecer em primeira mão. A crise econômica mundial é conseqüência da unipolarização. E aqui o que vemos é o contrario disso, é a união de nações”, disse o governador. O presidente da região francesa de Rhône-Alpes, Jean-Jack Queyranne explicou que em 1895, quando os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo que tornou possível a projeção de filmes, muitos duvidaram de seu sucesso. “O cinema é a arte do século XX. Esta exposição traz a fotografia e o cinema em suas formas originais. É uma forma belíssima de conhecer a nossa historia. Em suas obras vemos um toque impressionista, e seu olhar distinto está impresso em seu trabalho”, afirmou. “É um verdadeiro sonho de cores e imagens. Apos um trabalho árduo de quase dois anos trouxemos a mostra para o Paraná, no ano da França no Brasil. Temos uma peça exclusiva, que merece muita atenção. Trata-se de um autocromo original. Os Lumière eram geniais. Grandes inventores, criaram a fotografia em movimento. Vemos em seu trabalho referencias impressionistas que remetem a Renoir, por exemplo”, ressaltou a secretária-especial do Museu Oscar Niemeyer, Maristela Quarengui de Mello e Silva. De acordo com o secretário Santiago Martin Gallo, a ação é parte fundamental da relação de cooperação do Paraná e Rhône-Alpes. “Existe uma riqueza cultural muito grande nos dois países. A troca de experiências nas áreas cultural, econômica, política e social são exemplos da cooperação descentralizada que o Paraná busca. É um marco na historia da arte e da cultura do Brasil. É uma relação de intercambio cultural, que vai além das relações meramente econômicas. O Oscar Niemeyer é reconhecido internacionalmente e aí esta a prova disso”, afirmou. A diretora financeira do Instituto Lumière da França. Cécile Bourgeat, agradeceu a iniciativa do Governo do Paraná de trazer a exposição ao Brasil. “Este exposição é a primeira e a mais importante. A mostra nunca saiu de Lyon. Estamos muito contentes que a exposição seja aqui no Paraná. Os irmãos Lumiére captaram desde cenas cotidianas até grandes acontecimentos da historia. O publico poderá conferir em primeira mão o trabalho magnífico destes engenheiros. É uma viajem no tempo”, disse. “Esta exposição permite ver o conjunto de minha família. Se olharmos as placas de um ponto de vista técnico vemos que o principio deste trabalho é tão simples que nos perguntamos como ninguém pensou nisso antes. E é justamente esta simplicidade que faz a diferença. Se considerarmos estas placas de vidro do ponto de vista artístico, vemos que as definições são perfeitas. As cores não se modificaram ao longo de quase um século”, afirmou o neto de neto de Louis Lumière, Max Lumière. A mostra exibe pinturas, películas para a projeção de filmes e um autocromo original. Três telões vão apresentar, simultaneamente, 17 filmes produzidos para projeção no cinematógrafo. Entre os destaques estão Banho de Mar (1895), Refeição do Bebê (1895), Chegada de Carro (1896), Aquário com Peixes Vermelhos (1897) e Épinal: As Margens do Rio Moselle (1900). O público poderá visitar a exposição entre 20 de maio e 13 de setembro “O processo da fotografia colorida dos Lumière utiliza fécula de batata e placas de vidro. Louis Lumière associou num suporte único, os filtros coloridos que permitem tanto a seleção das cores na captura de cena quanto sua síntese no momento da visão. Eles revolucionaram a comunicação”, destacou Requião. A vernissage é resultado da parceria com Culturesfrance e Institut Lumière, em Lyon (região Rhône-Alpes), a mostra tem o patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e o apoio do Ministério da Cultura, do Governo do Paraná e da Secretaria de Estado da Cultura. O evento contou com a presença do neto de Louis Lumière, Max Lumière e sua esposa Michele Lumière, da diretora de Cultura de Rhône-Alpes, Isabelle Chasdonnier, dos secretários de estado Lygia Pupatto (Ciência e Tecnologia), Vera Mussi (Cultura), Virgílio Moreira Filho (Industria e Comercio), Thelma Alves (Criança e Adolescente), Celso Caron (Turismo).

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