O governador Roberto Requião participou na noite desta segunda-feira (08) da abertura do I Seminário Internacional de Gestão Ambiental Portuária, realizado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Em seu discurso, o governador falou que a discussão do seminário terá como pano de fundo o neoliberalismo. “Aqui se discute também se um porto serve para a ação de multinacionais e para o lucro das bolsas ou para o desenvolvimento harmônico do país e para multiplicidade da agricultura, das importações e para geração dos empregos que nós desejamos. A economia serve para os homens ou os homens são instrumentos de lucro de grupos econômicos,”, disse Requião. O governador falou ainda que o seminário internacional demonstra a preocupação dos portos do Paraná com o meio ambiente. “O Porto de Paranaguá será o primeiro a garantir o licenciamento ambiental dentre todos os portos brasileiros”, destacou. “E isso é extraordinário”. Este é o primeiro Seminário Internacional de Gestão Ambiental Portuária a ser realizado no Brasil. O encontro prossegue até o próximo dia 11 e reúne representantes de portos de países como Alemanha, França, Chile, Portugal, Espanha, Uruguai, Venezuela e Bélgica. “Deste seminário sairá uma proposta de gestão ambiental portuária para os portos brasileiros. O objetivo é a troca de informações para melhoria dos terminais”, afirmou o superintendente da APPA, Eduardo Requião. Entre os temas abordados está o gerenciamento de resíduos sólidos, gestão e certificação ambiental portuária, ações de integração com a comunidade, tratamento de efluentes (água de lastro e esgotos) e ações de prevenção e plano de contingência para desastres ambientais. Para o superintendente Eduardo Requião, o seminário vai permitir que o Paraná mostre ao mundo o quanto o Porto de Paranaguá se preocupa com estas questões, que serão amplamente discutidas com representantes de outros portos nacionais e internacionais que dividem com Paraná a responsabilidade de crescer respeitando o meio ambiente. “As discussões, acrescenta Eduardo, devem partir de problemas concretos e soluções práticas. “Chegou a hora de harmonizar o progresso com o indispensável equilíbrio do meio ambiente. Nosso grande desafio é tentar diminuir a poluição e aumentar a movimentação portuária”. Os portos de Paranaguá e Antonina respondem por 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná e são vitais não apenas à economia paranaense, mas também à dos estados produtores vizinhos e do Centro-Oeste, e dos países do Mercosul, que necessitam ter sempre um corredor de exportação dinâmico e eficiente. Presenças - Além dos portos internacionais participaram do evento representantes da Marinha do Brasil, de órgãos federais e de portos brasileiros. Entre os órgãos ambientais a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba, Associação Brasileira de Normas Técnicas, Procuradoria do Meio Ambiente, Secretaria de Indústrias e Serviços do Espírito Santo, Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH), Diretoria de Portos e Costas e Agência Nacional de Transportes Aqüaviários (ANTAq).