A representante do Governo da Argentina, Cristina Pasin, expôs nesta quinta-feira (26), durante o seminário Crise - Desafios e Soluções na América do Sul, em Foz do Iguaçu, as medidas macroeconômicas adotadas pelo país. “Optou-se por uma política que consista em tomar medidas imediatas e equilibrar situações que possam trazer futuros problemas. Dentro dessas ações o Banco Central levou adiante uma política de acumulação e administração de reservas”, explicou.
De acordo com a gerente de Acordos Internacionais do Banco Central da Argentina, a opção estratégica adotada pelo país é monitorar e comprar ativos e utilizá-los no momento em que o mercado estiver em baixa. “As medidas adotadas são parte da tese da administração de reservas, dando assistência rápida a uma crise como a atual”, disse Cristina.
O Governo da Argentina, explicou Cristina, também estimula o consumo interno, com investimentos públicos e isenções fiscais. Entre as alternativas e soluções apresentadas para enfrentar a crise está a integração dos países da América Latina. “A América Latina tem uma história rica de integração financeira, comercial e cultural. A aproximação e o apoio mútuo é fundamental”, destacou.
Segundo Cristina Pasin, a Argentina terá uma desaceleração do crescimento econômico em 2009. “Nós vínhamos crescendo até 2007 com uma taxa de 8%. Em 2008 a taxa caiu para 6%. Para 2009 estimamos uma taxa máxima de crescimento de 4%. Os preços dos produtos exportados também tiveram uma redução e houve uma queda significativa do comércio internacional”, afirmou.