A Copel mobilizou todo o efetivo técnico disponível para dar atendimento às ocorrências provocadas pelo temporal de segunda-feira (29), em Curitiba e região e no litoral. “Foram muitas as situações em que tínhamos de trocar postes quebrados e refazer a fiação, mas, antes, era preciso remover árvores e entulhos para que o serviço pudesse ser iniciado”, destaca Ronald Ravedutti, diretor de Distribuição da concessionária. “O estrago que o temporal provocou foi bastante grande e, por causa dele, houve casos de consumidores que só puderam ter o fornecimento de energia restabelecido muitas horas depois”, completa. Problemas no fornecimento de energia a mais de 353 mil unidades consumidoras e mais de 1.160 atendimentos para reparos de emergência nas redes elétricas. No fim da tarde desta terça-feira (30), a Copel ainda prestava atendimento a 458 ocorrências. A forte chuva, acompanhada de vendavais e descargas atmosféricas promoveu sérias avarias no sistema de distribuição de energia elétrica da Copel, danificado em diversos pontos pela queda de dezenas de árvores, que quebraram postes e romperam a fiação, e pela ação de raios, que provocaram a queima de transformadores e outros equipamentos de proteção das redes. Esse teria sido o pior temporal registrado desde novembro do ano passado. Os casos mais graves aconteceram nas subestações Mercês, Pilarzinho e Bacacheri, em Curitiba, onde o sistema de alta tensão foi atingido prejudicando grande número de consumidores. “Na subestação Mercês, um raio desligou os transformadores da unidade e afetou, por 48 minutos, o atendimento a perto de 80 mil domicílios”, observa o diretor. “Nas outras duas, foram registrados problemas sérios em circuitos por elas alimentados e que servem de fonte ao atendimento das ligações próximas”. Cada circuito alimentador de Curitiba serve a um conjunto de aproximadamente 5 mil unidades consumidoras, em média. CURITIBA – Em conseqüência da tempestade, que durou pouco mais de uma hora, 199 mil unidades consumidoras em 53 dos 75 bairros de Curitiba tiveram interrupções no suprimento com intervalos variados de duração. “Tivemos regiões onde os desligamentos limitaram-se a poucos segundos, tempo suficiente para dissipar a descarga provocada por um raio, por exemplo”, explica Ronald. “Mas também houve muitos casos em que trechos inteiros da rede elétrica precisaram ser refeitos, porque foram destruídos por quedas de árvores e que, naturalmente, demandaram reparos bem mais demorados”. O Centro de Operação da Copel registrou mais de 200 ocorrências dessa gravidade na Capital e proximidades. Embora o temporal tenha atingido severamente toda a região, os casos envolvendo a queda de árvores sobre a rede concentraram-se nos bairros mais ao norte (Santa Felicidade, Mercês, Bacacheri, Bairro Alto, Barreirinha, Pilarzinho, Taboão, Santa Cândida, Boa Vista e Atuba) e municípios próximos (Pinhais, Piraquara, Campina Grande do Sul, Colombo, Quatro Barras e Rio Branco do Sul). Nos municípios localizados ao norte da Capital, a Copel registrou a notificação de cerca de 500 ocorrências e problemas no fornecimento de energia a mais de 91 mil unidades consumidoras. Ao sul, foram pouco mais de 230 ocorrências que prejudicaram o serviço a 34 mil ligações elétricas em áreas de Araucária, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Mandirituba e Quitandinha. No Litoral, foram atendidas 75 ocorrências em Antonina, Paranaguá, Guaraqueçaba e em balneários de Pontal do Paraná que desligaram em diferentes horários e duração 29 mil unidades consumidoras.