A Região Metropolitana de Curitiba registrou alta de 3,7% no rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas. O dado é da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Pelo 11º mês consecutivo, a RMC apresentou a menor taxa de desemprego do país.”, lembra Sachiko.
Segundo Sachiko Araki Lira, diretora do Centro Estadual de Estatística, a renda média passou de R$ 882,19 em maio, para R$ 914,90 em junho. “Em comparação a junho de 2003, esse rendimento teve acréscimo de 8,2%”, complementa.
Já a taxa de desemprego para o mês de junho, foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 119 mil pessoas desocupadas. Em junho de 2003, a taxa havia ficado em 10,2%, valor 12,5% maior ao calculado em 2004.
Em junho, a média calculada entre as seis regiões pesquisadas pelo IBGE foi de 11,7%. O maior índice foi constatado na região metropolitana de Salvador, que registrou 14,9%, seguida por São Paulo, com 13,4%. Já Recife ficou em 12,8%; Belo Horizonte em 10,5% ; e Porto Alegre em 9,5%.
PIA e PEA – Segundo a pesquisa do Ipardes, o número de pessoas de dez anos ou mais de idade e que compõem a população em idade ativa (PIA) na Região de Curitiba, foi de 2,035 milhões. Destas, 59,1% (1,363 milhão) eram economicamente ativas (PEA), e 40,9% (942 mil) eram não economicamente ativas (PNEA).
O coordenador da pesquisa, Ciro Cezar Barbosa, comenta que a PEA apresentou crescimento de 1,8% em relação ao mês anterior. Se comparado a junho de 2003, o crescimento relativo foi de 1,9%.
A relação entre as pessoas economicamente ativas e pessoas não economicamente ativas, denominada taxa de atividade, foi estimada em 59,1%. Esse valor representa um acréscimo de 1,7% em relação a maio e decréscimo de 1,8% em relação a junho de 2003.
Já o número de pessoas ocupadas foi estimado em 1,245 milhão. O valor corresponde a um acréscimo de 1,5% em relação a maio e de 3,6% a junho do ano anterior.
Grupos de atividade
Considerando os grupamentos de atividade, o “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” apresentou acréscimo de 7,9% no número de pessoas ocupadas. Seguindo esta tendência, os grupos “outros serviços”, “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” e “serviços domésticos” também apresentaram alta de 6,2%, 0,7%, e 1,2%, respectivamente.
O grupo “comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” apresentou redução de 2,2% e “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais”, de 0,5%. Já a construção civil não apresentou variação no número de pessoas ocupadas.
Segundo a pesquisa, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, os grupamentos que apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas foram “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água”, com 6%; “construção civil” (3,3%); “comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis (10%); “outros serviços” (5,1%); e “serviços domésticos” (1,2%).
Com queda no número de ocupados, ficaram os grupos “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (1,4%); e “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (4,6%).
Quanto ao número de pessoas ocupadas, a diretora do CEE afirma que 72,8% estavam na condição de empregados, o que corresponde a 907 mil pessoas, 19,8% trabalhavam por conta própria (247 mil) e 5,4% eram empregadores (67 mil).
Veja os gráficos em anexo.