O salário médio pago aos trabalhadores do Paraná contratados entre janeiro e novembro de 2006 apresentou um aumento de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados levantados pela Secretaria do Emprego, houve um crescimento real do salário, já que o índice desconsidera a inflação acumulada no período. Segundo o índice Geral de Preços ao Consumidor – IPC, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a inflação durante o período foi de 1,79%.
Nos 11 primeiros meses do ano passado, os trabalhadores paranaenses receberam, em média, R$ 545,23, frente aos R$ 510,86 pagos àqueles que ingressaram no mercado formal de trabalho em igual período de 2005. A diferença chega a cerca de R$ 34,00 o que garante, aproximadamente, um litro de leite por dia, durante um mês, na casa de um trabalhador.
“Esse dinheiro extra pode garantir o arroz e o feijão de uma família durante um mês”, compara ainda o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Emerson Nerone. “Isso, a princípio, pode não parecer muito, mas para a maioria dos trabalhadores que recebem entre um e dois salários mínimos, essa variação faz uma grande diferença”, afirma.
A maior variação de salário, se comparado com o mesmo período de 2005, foi constatada no setor extrativista mineral, que apresentou uma renda 16,6% maior em 2006. A atividade econômica pagou, em média, R$ 625,87 aos trabalhadores contratados entre janeiro e novembro de 2006. Em 2005, um empregado do setor recebia em média R$ 536,60. O número de empregos criados no Paraná dentro da área de extrativismo mineral também foi destaque em 2006. O aumento em relação a 2005 foi de quase seis vezes mais vagas oferecidas.
A indústria de transformação, responsável por 27,3% dos 108.231 empregos criados no Paraná entre janeiro e novembro, ofereceu salários 7,8% superiores em 2006 para seus trabalhadores. O salário dos empregados da indústria ficou em R$ 543,90 no ano passado enquanto que, em 2005, era de R$ 504,74.
Para efeitos de comparação, todos os valores referentes ao ano de 2005 foram atualizados pelo Índice Geral de Preços ao Consumidor – IPC, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – a Fipe, que é vinculada à Universidade de São Paulo (USP). Entre dezembro de 2005 e novembro de 2006, esse índice alcançou 1,79%.
Somado ao crescimento do salário médio pago aos trabalhadores, o Paraná aumentou também em 14,9% o número de empregos formais oferecidos no estado, durante o período entre janeiro e novembro. Em 2005, o Paraná havia criado 94.205 empregos até o mês de novembro. Em 2006, esse número chegou a 108.231 novos postos de trabalho.
“As políticas públicas de emprego desenvolvidas pelo governo Roberto Requião fazem o estado crescer com fundamentos. Aumentamos o número de empregos formais e, ao mesmo tempo, melhoramos os salários”, explica Emerson Nerone.