Um estudo apresentado nesta segunda-feira (14) ao governador Roberto Requião pela Secretaria da Fazenda revela que a montadora Renault recolheu desde 1997 apenas R$ 2,319 milhões em impostos estaduais. No ano passado, por exemplo, a arrecadação obtida com a empresa foi de só R$ 750 mil.
O que a montadora francesa recolheu aos cofres públicos, segundo a Receita Estadual, é menos do que recolheram empresas como Muffato, Yoki Alimentos, Lojas Havan e o equivalente à metade da contribuição da Nutrimental, empresa de alimentos em São José dos Pinhais.
Segundo cálculos da Secretaria da Fazenda, não fossem os benefícios do contrato que o governo anterior concedeu à Renault, a montadora deveria ter recolhido, desde 1997, R$ 620 milhões aos cofres estaduais.
O regime especial concedido pelo governo do Estado na administração passada vale até 2.020, quando a montadora passará a pagar o imposto, mês a mês, sem juro e sem correção monetária.
Além disso, o Estado participou da instalação da Renault, comprando US$ 140 milhões em ações da empresa. Somados todos os benefícios, a montadora francesa recebeu até agora do Paraná cerca de R$ 1 bilhão.
Para pensar - Diante dessas informações, o Governo do Paraná propõe a seguinte reflexão: esse tipo de contrato é bom ou é ruim para o Estado?
E faz também outra pergunta: todos os contratos feitos pelos governos devem ser cumpridos à risca, sem qualquer contestação?