Região Metropolitana de Londrina poderá ser polo de produção de flores

Projeto foi apresentado pela coordenadora da Região Metropolitana de Londrina, Elza Correia, ao secretário da Agricultura, Valter Bianchini
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30/10/2009 - 11:10
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Em breve, deverá surgir na região metropolitana de Londrina um polo de produção de flores. O projeto foi apresentado na última quinta-feira (29) pela coordenadora da Região Metropolitana de Londrina, Elza Correia, ao secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, e prevê o incremento à produção de flores e plantas ornamentais, aromáticas e medicinais. A proposta foi apresentada na sede do Instituto Agronômico do Paraná em Londrina e contou com a presença, do presidente do órgão, José Augusto Pichetti, do presidente da Ceasa, Antonio Cumparsi de Melo, e do prefeito de Londrina, Homero Barbosa Neto. Atualmente o Paraná produz 4% das flores que consome e importa 96% de seu consumo do estado de São Paulo. A floricultura é considerada uma atividade que gera muita renda em pequenas áreas. Segundo estudo apresentado por Elza Correia, a floricultura desenvolvida em pequenas propriedades, com áreas médias de 3,5 hectares proporciona rendimentos entre R$ 50 mil a R$ 100 mil por hectare. E gera 3,8 empregos diretos por hectare. AMPLIAÇÃO – Ainda, segundo o estudo apresentado, o Valor Bruto da Produção gerado pela floricultura na região metropolitana de Londrina atingiu R$ 5,6 milhões em 2008. Com o polo de produção de flores, a meta é ampliar esse VBP em 30%, que representa um crescimento de R$ 2 milhões no faturamento do setor e criação de mais de 2.000 empregos. Na safra 2007/08, a floricultura no Paraná apresentou um VBP de R$ 48,8 milhões. A região de Curitiba participa com 28,7% do VBP, seguida por Maringá com 16,2%, Cascavel com 14% e Londrina, com 11,6%. As flores mais produzidas são o crisântemo, orquídeas, rosas, beijo-americano, gérbera, boca-de-leão e plantas ornamentais. Segundo Bianchini, o projeto oferece uma alternativa de diversificação para a propriedade da agricultura familiar na região Norte do Estado, onde predomina a monocultura da soja. Para deslanchar, o empreendimento terá o apoio das empresas vinculadas à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento como Ceasa, que deverá ceder espaço para construção de um mercado atacadista. O Iapar e a Emater apoiarão o empreendimento com pesquisa e assistência técnica. RECONHECIMENTO – Para a presidente da Associação de Floricultores do Norte e Noroeste do Paraná – Aflonorpa – Rosangela Takamura, a criação do polo produtor de flores na Região Metropolitana de Londrina representa o reconhecimento de anos de luta que os produtores enfrentam para entrar no mercado. Com espaço garantido na Ceasa de Londrina, os produtores devem ampliar a produção. Segundo Takamura, o setor precisa de muita pesquisa. E se tiver esse apoio, certamente responderá com criação de emprego e renda, que é garantida a partir de pequenos espaços. E no estado há mais demanda que oferta. O polo de floricultura de Londrina será o 13.º do País. Atualmente existem 12 polos de produção, que envolvem 304 municípios em 6 mil hectares de área e 4 mil produtores. No País, o mercado de flores movimenta US$ 1,2 bilhão por ano. VISITA - A Ceasa de Londrina recebeu a visita do prefeito Homero Barbosa Neto na quinta-feira (29), acompanhado da secretária da Região Metropolitana de Londrina, Elza Correia. Eles foram recebidos pelo presidente da Ceasa do Paraná, Antonio Comparsi de Mello, pelo diretor técnico Marcos Valério Andersen e pelo gerente da Unidade, Ismael Batista da Fonseca. O objetivo foi conhecer o Banco de Alimentos, que recebeu investimentos para reforma e ampliação, e estabelecer convênio entre o município e a empresa. O programa é responsável pela coleta do excedente diário da comercialização de hortigranjeiros, retirando do mercado os produtos que apresentam boas condições de consumo e encaminhando-os para doação para entidades sociais cadastradas.