Reforma Tributária do Paraná é exemplo ao país, diz Requião

“Estamos dando exemplo para o País, conseguindo manter o processo de desenvolvimento pelo aumento do poder aquisitivo das classes C, D e E, que passam a consumir como a classe média”
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17/12/2008 - 21:54
Editoria
O governador Roberto Requião disse que a reforma tributária paranaense, aprovada na noite desta quarta-feira (17) pela Assembléia Legislativa, é exemplo ao país e referência aos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. “Estamos dando exemplo para o País, conseguindo manter o processo de desenvolvimento pelo aumento do poder aquisitivo das classes C, D e E, que passam a consumir como a classe média”, disse Requião a respeito da redução de alíquotas do ICMS de 25 e 18% para 12% de mais de 95 mil itens de bens de consumo-salário. “Nós temos a oportunidade de, mais uma vez, dar um exemplo ao Brasil e baixar significativamente o preço das mercadorias. Outro objetivo é mostrar ao governo federal que o caminho é reduzir imposto e não fazer uma reforma neutra. O imposto socialmente justificado acelera a economia”, completou Requião. REDUÇÃO - Requião concordou com a inclusão de outros produtos, como o material escolar, na lista das reduções. “É uma justiça salarial revolucionária no Paraná. Um aumento pequenininho para os muitos ricos e uma redução significativa de preços para as pessoas que vivem de salário, que compram objetos, que compram comida, que compram remédios com o seu salário”, disse. O governador contrapôs os argumentos contrários ao reajuste de dois pontos nas alíquotas da gasolina, álcool anidro, bebidas alcoólicas, cigarros, energia elétrica e telefone. “A energia elétrica do Paraná é a mais barata do Brasil. É 87% mais barata do a do Rio de Janeiro. A água não tem aumento há cinco anos. Estamos segurando tudo isso para que o Paraná seja um diferencial no Brasil”. LRF - Requião também justificou que a Lei de Responsabilidade Fiscal exige o equilíbrio, não permite a renúncia fiscal e por esse motivo propôs o reajuste de 2% nas alíquotas de seis produtos. “Eu não vejo como que a indústria vai perder com o aumento de consumo. Já está ganhando com esse processo estabelecido pelas políticas do governo federal”, disse. O governador citou a criação do Programa Leite das Crianças como exemplo de política que incentiva as duas pontas da economia: a produção e o consumo. “Eu criei o Programa do Leite das Crianças e o Paraná tinha 18 mil produtores de leite. Hoje, tem 138 mil produtores de leite. Porque é evidente que aumentando o consumo do leite, aumentaram os pequenos laticínios e o setor produtivo. Todos esses projetos pegam os dois lados. Os pobres vão comprar mais. Esse recurso extra que nós estamos entregando à classe média vai desaguar na indústria”, disse.