Rede subterrânea de Curitiba ganha reforço estratégico neste domingo

O fornecimento de energia elétrica às mais de 15 mil unidades consumidoras atendidas pelo sistema
Publicação
31/05/2003 - 00:00
Editoria
O fornecimento de energia elétrica às mais de 15 mil unidades consumidoras atendidas pelo sistema de redes subterrâneas de distribuição da Copel na região central de Curitiba vai ganhar mais confiabilidade e eficiência a partir deste domingo, dia 1o. Às 8 horas da manhã, começa a ser conectado um circuito alternativo para a alimentação de toda a área a partir da subestação Alto da Glória, que passará a compartilhar a tarefa com os circuitos da subestação Centro – que nos mais de 30 anos de existência da rede subterrânea foram as únicas fontes de suprimento da região. A entrada em operação deste circuito alternativo vai se traduzir em apreciável melhoria na confiabilidade dos serviços elétricos por reduzir a dependência dos consumidores da região – que hoje é total – das linhas alimentadoras originadas na subestação Centro. “É como ter um carro reserva”, compara o engenheiro Péricles José Neri, coordenador das manobras de conexão. “A gente não usa todos os dias, mas sabe que precisando pode contar com ele”. Para que os eletricistas encarregados das manobras de conexão possam trabalhar em condições ideais de segurança, a Copel informa que irá interromper o fornecimento de eletricidade em praticamente metade da região servida pelo sistema. O desligamento acontece das 8 às 8h30 e atingirá todos os domicílios compreendidos na zona delimitada pelas ruas Doutor Muricy, Visconde de Nácar, Augusto Stelffeld e André de Barros. Saída - O sistema subterrâneo de distribuição de energia elétrica do Centro de Curitiba começou a ser implantado no final da década de 60 pela Companhia Força e Luz do Paraná como solução à saturação do sistema convencional que atendia a região. Ao absorver em 1971 a antiga concessionária, a Copel cuidou de completar e ampliar o alcance do sistema. A principal característica da rede subterrânea é sua alta confiabilidade, pois ao contrário das redes aéreas convencionais, sua operação não é vulnerável a fenômenos como raios e ventos. Ainda assim, pode acontecer de tais fenômenos atingirem a parte do sistema que opera a céu aberto, como as linhas de transmissão e subestações responsáveis por alimentar os fios que correm pelo subsolo. Também não se pode esquecer dos cuidados de manutenção preventiva, e que no caso da região central de Curitiba, fatalmente resultaria num desligamento temporário. “Com a ativação desse novo circuito, poderemos fazer manutenções na subestação Centro sem que ninguém precise ficar no escuro por causa disso”, observa Péricles Neri. Solução inédita - A subestação Alto da Glória entrou em operação no ano 2000 e inaugurou o uso de uma solução inédita no setor elétrico que foi desenvolvida pela própria Copel: a da subestação integrada à paisagem e ao ambiente urbano. A unidade é totalmente abrigada, encerrada num edifício cuja arquitetura se harmoniza com a vizinhança e que reduz a zero qualquer forma de impacto visual ou sonoro. Para a operação da subestação, a segurança é absoluta: os equipamentos funcionam a salvo de descargas atmosféricas e vendavais, assumindo características de confiabilidade idênticas às do sistema subterrâneo de transmissão. Para completar, também o circuito alimentador que vai da subestação Alto da Glória até o centro da cidade foi colocado debaixo da terra. Da saída da subestação, são 3 km pelo subsolo até a Praça Tiradentes, onde a Copel construiu defronte à Catedral uma estação de chaves, também subterrânea, onde a partir de domingo passam a ser feitas as manobras de comutação das fontes de alimentação da região central.