Rede de cooperação: Parque de Itaipu terá espaço para promover o Mercosul

O seminário “Saberes em discussão: políticas públicas para a cooperação com o Mercosul”, realizado no Auditório César Lattes, no Parque Tecnológico, em Foz do Iguaçu, foi espaço para tão almejada integração entre os povos do América Latina.
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25/08/2008 - 16:20
O seminário “Saberes em discussão: políticas públicas para a cooperação com o Mercosul”, realizado no Auditório César Lattes, no Parque Tecnológico, em Foz do Iguaçu, foi espaço para tão almejada integração entre os povos do América Latina. A idéia ganhou um sentido prático, quando durante o último dia do seminário, na mesa-redonda intitulada “Papéis e perspectivas da cooperação internacional com os países do Mercosul e o Paraná”, o diretor-superintendente da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Juan Carlos Sotuyo, propôs a criação de um espaço, no próprio Parque, para fomentar negócios que ultrapassem os limites da tríplice fronteira. Promovido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), pela Itaipu Binacional e pela Fundação PTI nos dias 21 e 22 deste mês, o evento teve como principal objetivo consolidar políticas públicas de integração e de uma maior cooperação do ensino superior para o desenvolvimento integrado dos países do Mercosul. “Proponho que no Parque Tecnológico Itaipu surja um espaço que atue como uma rede de cooperação internacional, para mostrar e ensinar de modo prático como apresentar projetos, abrir empresas, etc, tudo com respostas rápidas, sem burocracia”, sugeriu Sotuyo. A inspiração para a proposta, segundo Sotuyo, veio de uma viagem à Barcelona, na Espanha, onde ele conheceu um programa que pode servir de modelo para o possível projeto do PTI. A idéia foi bem recebida. “É algo se materializando a partir desse encontro", ressaltou o ministro do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Estado do Paraná (Erepar), Sérgio Couri. O assistente do diretor-geral brasileiro, Paulino Motter, moderou o debate. Além de Sotuyo e Couri, também participou o secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Santiago Gallo. Para uma platéia formada por muitos profissionais do mundo acadêmico, como professores e reitores de diversas universidades paranaenses, além de representantes de empresas e instituições públicas, o trio deixou as manifestações teóricas um pouco de lado para privilegiar a aplicação prática das formas de integração, inclusive entre instituições de ensino superior. Segundo Sérgio Couri, para impulsionar a união entre os países vizinhos, excursões, missões de autoridades e empresários falando de negócios já cumpriram o seu papel. “O momento agora requer a formulação de um plano de ação abrangente”, afirmou. Para Santiago Gallo, ações, como a proposta apresentada por Sotuyo, podem dar origem a projetos com muito potencial para colaborar com a desejada integração. E o lugar onde isso pode acontecer não poderia ser mais adequado. “O Paraná, sobretudo a região da tríplice fronteira, pela proximidade geográfica e pela política pública que possui, é fundamental nesse processo”, complementou Gallo. O papel paranaense também foi destacado por Sérgio Couri. “O Paraná tem condições até mesmo de trocar tecnologia de ponta com outras regiões, e é uma alavanca para a integração do Brasil com o Mercosul”, destacou.