Rede Paranaense de Cerâmica deverá unir empresas e universidades

Com mais tecnologia e treinamento de mão-de-obra especializada, o setor se prepara para alcançar novos mercados nos próximos anos
Publicação
14/08/2006 - 14:41
A formação da Rede Paranaense de Cerâmica deverá melhorar não só a qualidade da matéria-prima produzida no Estado como também de telhas, tijolos, porcelana e louças em geral. Com mais tecnologia e treinamento de mão-de-obra especializada, o setor se prepara para alcançar novos mercados nos próximos anos. A rede integra o Programa Paranaense de Inovação, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e foi aprovada pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia – CCT PR na atual administração. Entre outros objetivos da rede está a criação, no Paraná, e com recursos do Fundo Paraná (R$ 450 mil), do Centro de Tecnologia Cerâmica do Paraná – Cestec. Ao todo, a Secretaria/Fundo Paraná está destinando R$ 1,1 milhão a projetos que envolvem pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para o setor. Além do Cestec, estão em desenvolvimento os projetos “Qualificação e Certificação das Indústrias de Cerâmica Vermelha da Região Metropolitana de Curitiba – “Proceramica” e “Arranjo Produtivo Local – APL Louças de Campo Largo”. A rede - Formada por representantes do governo estadual, universidades, prefeituras municipais e institutos de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico que atuam na área, a rede também promoverá o desenvolvimento e a transferência de tecnologia, a qualificação de mão-de-obra especializada e a geração de novos empregos no Paraná. Como coordenador e vice coordenador da rede foram eleitos Luciano C. de Loyola, da Mineropar, e Adilson Luiz Chinelatto, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, respectivamente. A eleição aconteceu durante reunião de trabalho na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “A atuação em rede proporciona sinergia, economia de recursos e planejamento de longo prazo”, afirma o vice coordenador. É esperado que o Paraná, que já presta, via Minerais do Paraná (Mineropar), assistência técnica à Venezuela na área da cerâmica vermelha (telhas e tijolos), possa agregar mais valor à matéria-prima, atualmente vendida em maior quantidade aos estados de São Paulo e Santa Catarina. Atualmente, existem no Paraná cerca de 700 empresas atuando no ramo da cerâmica vermelha e cerca de 50 no ramo da cerâmica branca. “Vamos tentar implementar a melhor tecnologia nesse setor”, destaca o diretor da Associação Brasileira de Cerâmica, Egon Antonio Torres Berg. Box Quem participa da Rede Paranaense de Cerâmica Universidade Federal do Paraná Universidade Tecnológica Federal do Paraná Universidade Estadual de Ponta Grossa Fundação de Apoio a Educação, Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Cefet-PR Prefeitura Municipal de Campo Largo Minerais do Paraná S/A – Mineropar Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai Centro de Cultura Italiana Paraná/Santa Catarina Consórcio entre Regiões Italianas e os Estados do Brasil, CRISB. Além dessas entidades, também poderão integrar a Rede Paranaense de Cerâmica as entidades públicas e privadas que venham contribuir para o desenvolvimento das ações propostas ou que desenvolvam atividades neste ramo de atuação.