A 5.ª reunião da Rede Internacional do Paraná – que reúne profissionais do setor público e privado que trabalham com relações internacionais no Estado – discutiu, nesta quarta-feira (29), no auditório do BRDE, em Curitiba, projetos de cooperação entre municípios do Sudoeste e a Argentina. No evento, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul no Paraná (Codesul/PR) e Escritório de Representação do Itamaraty no Paraná (Erepar), o Sebrae/PR apresentou o Profronteira, que prevê desenvolvimento daquela região de fronteira. “O Paraná mais uma vez sai na frente nas políticas públicas e começa a desenhar e trabalhar temáticas que dizem respeito a mecanismos de trabalho conjunto entre localidades fronteiriças”, afirmou o secretário do Codesul/PR, Santiago Martin Gallo. Segundo Gallo, o projeto está sendo feito pelo Sebrae, junto com nove prefeituras do Sudoeste. “Os municípios que fazem fronteira com a Argentina devem trabalhar de forma conjunta. Essas políticas se fazem fundamentalmente a partir da comunidade local. Não é o Estado que faz, é a comunidade local, com o apoio do Estado e da federação”, declarou. Para Gallo, é dessa forma que se constrói as relações nas áreas sociais, política, de planejamento urbano, culturais e econômicas. DESENVOLVIMENTO – De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Denise Lopes Wellner, todos os municípios que fazem fronteira com a Argentina foram convidados a participar do projeto. O objetivo, primeiramente, é desenvolver infra-estrutura, turismo e cultura. “Alguns municípios já têm projetos desenvolvidos, como é o caso do ‘Doce Iguaçu’, de Capanema, que é um roteiro de turismo que será inserido no projeto”, explicou. O Profronteira começou a ser elaborado em julho de 2005 e, até então, o Sebrae-PR desenvolveu vários diagnósticos com foco no processo de desenvolvimento local sustentável. O prefeito de Santo Antônio do Sudoeste, Zelírio Peron Ferrari, falou sobre a importância da integração com todos os municípios, tanto do lado brasileiro como do argentino. “É importante para que nós possamos procurar o desenvolvimento juntos. Temos muitas deficiências na fronteira, principalmente na área de saúde e social. Precisamos ter projetos amplos que a médio e longo prazo possam resolver esses problemas”, disse. REUNIÃO – A reunião da Rede Internacional do Paraná abordou também outros assuntos, como a visão francesa sobre o mercado e a economia brasileira, com apresentação do conselheiro para Assuntos Econômicos e Comerciais da Embaixada da França, Dominique Mauppin; a missão de Portugal, que deve ser realizada nos próximos meses; a existência de um entreposto na Europa para distribuição de produtos paranaenses; e a divulgação de algumas atividades da área de Ciência e Tecnologia. Além disso, a Rede discutiu o Seminário 100 anos de Imigração Japonesa no Brasil. “Precisamos da mobilização da sociedade e a Rede Internacional do Paraná é importante, pois tem capilaridade, tem penetração em vários setores da economia e da sociedade e vamos colaborar com a divulgação das atividades que o Imin-100 vai fazer”, finalizou o secretário do Codesul/PR.